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Com presença cada vez mais frequente nos centros urbanos, escorpiões exigem medidas simples, mas eficazes, de prevenção; rede pública de saúde do DF conta com atendimento de urgência e canais abertos para informações
Com as mudanças no clima, a presença de escorpiões em áreas urbanas tem se tornado cada vez mais comum. Somente entre janeiro e março deste ano, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou 927 acidentes com esses animais. Em 2024, foram 3.733 casos notificados. Para reduzir o risco de acidentes, é fundamental adotar medidas simples de prevenção, que ajudam a manter os escorpiões longe de casa.
“Os escorpiões costumam vir de ambientes externos, como tubulações, ralos e redes de esgoto, e preferem locais escuros e úmidos. Por isso, é fundamental criar barreiras físicas e inspecionar todos os pontos que possam oferecer condições favoráveis à presença desses animais”, orienta a bióloga Vilma Ramos Feitosa, da Gerência de Vigilância Ambiental de Vetores e Animais Peçonhentos e Ações de Campo da SES-DF.
Entre os cuidados recomendados pela especialista estão manter ralos tampados quando não estiverem em uso, eliminar entulhos, manter quintais limpos, evitar o acúmulo de roupas no chão e combater a presença de baratas – principal fonte de alimento dos escorpiões. Inspeções frequentes nos ambientes e o uso de luvas grossas, botas e calças compridas ao manusear materiais de construção, lixo ou objetos de jardim também são medidas eficazes.
“Outras ações importantes incluem o uso de rodos de vedação nas portas, colocação de telas nos ralos e afastamento de utensílios das paredes”, acrescenta a especialista. Além das orientações à população, a SES-DF realiza o mapeamento e a intervenção em áreas com indícios de descontrole populacional. As denúncias feitas por moradores são fundamentais para que as equipes atuem de forma mais precisa.
“Nós recebemos muitas informações dos moradores, principalmente relacionadas ao interior das residências. Com base nessas denúncias, agendamos inspeções detalhadas para identificar pontos vulneráveis. Nossos técnicos verificam as condições do ambiente que favorecem a entrada ou permanência dos escorpiões, realizam a captura e identificação das espécies encontradas, além de orientar os moradores sobre como prevenir novas ocorrências”, explica Feitosa.
Segundo a bióloga, a espécie predominante no Distrito Federal é a Tityus serrulatus, uma das mais venenosas do Brasil. “Essa espécie não é nativa da região e, por isso, não possui predadores naturais aqui. Além disso, ela se reproduz por partenogênese, ou seja, sem necessidade de macho, o que favorece sua proliferação rápida e descontrolada”, ressalta.
A gravidade da picada pode variar conforme a quantidade de veneno inoculado e a resposta do organismo da vítima, podendo causar reações leves, moderadas ou graves. Em caso de acidente, é essencial lavar o local com água e sabão, manter o membro afetado elevado para retardar a circulação do veneno e procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo. A aplicação de soro antiescorpiônico será avaliada por um profissional de saúde, de acordo com cada caso.
“Se ocorrer um acidente, a pessoa deve se dirigir rapidamente a um hospital da rede pública, que são os únicos que possuem o soro específico. O médico vai avaliar a necessidade da aplicação. Na presença de um escorpião, é importante, se possível, isolar ou eliminar o animal com segurança e acionar o serviço de vigilância ambiental”, orienta o biólogo da SES-DF Israel Moreira.
Confira os hospitais que disponibilizam soros antivenenos contra picadas de escorpiões no Distrito Federal:
– Hospital Materno Infantil de Brasília (atendimento exclusivo para crianças de até 13 anos, 11 meses e 29 dias)
– Hospital Regional da Asa Norte (Hran)
– Hospital Regional do Guará
– Hospital Regional de Brazlândia
– Hospital da Região Leste (Paranoá)
– Hospital Regional de Ceilândia
– Hospital Regional do Gama
– Hospital Regional de Santa Maria
– Hospital Regional de Planaltina
– Hospital Regional de Sobradinho
– Hospital Regional de Taguatinga
A população também pode acionar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), que oferece atendimento 24 horas, pelos telefones 0800 644 6774 e 0800 722 6001. Para solicitar inspeção em casos de aparecimento do animal, o contato com a Vigilância Ambiental pode ser feito pelo número 160 ou pelo e-mail [email protected]
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