
Governo quer cortar subsídio de energia solar e eólica para ampliar tarifa social a 60 milhões de pessoas
Corte seria de R$ 10 bilhões e consta da proposta de reforma do setor elétrico
Previsão é do time de economistas do Itaú, que avaliam que impacto pela via comercial é limitado para o país
Mesmo com a guerra tarifária se acirrando, com impacto no crescimento global, a economia brasileira deve crescer acima de 2% este ano. A avaliação é da equipe de economistas do Itaú, liderados pelo economista-chefe, Mario Mesquita, que avaliam que o novo crédito consignado privado deverá compensar os efeitos negativos.
“Acreditamos que a desaceleração global e a queda de preços de commodities têm efeito negativo sobre a atividade, mas devem ser compensadas pela expansão do novo crédito consignado privado. Apesar da manutenção da projeção para este ano, de crescimento de 2,2% para a economia brasileira, destacamos o viés de baixa, diante do elevado risco de desaceleração da atividade mundial”, escreveram os analistas do Itaú, ressaltando que para 2026 a projeção de crescimento do PIB de 1,5% também foi mantida.
Segundo os economistas do Itaú, o impacto das tarifas do presidente Donald Trump pela via comercial é limitado para o Brasil, devido ao reduzido grau de abertura comercial do país. Por vias indiretas, o Brasil é impactado pela desaceleração global, queda nos preços de commodities e redução do fluxo financeiro, com maior aversão ao risco. Mas o Itaú vê alívio externo com renegociação das tarifas, embora haja riscos relevantes com a escalada da guerra comercial.
Segundo os economistas, o real tem sido impactado pelo cenário internacional, mas o banco manteve a projeção de câmbio para R$ 5,75 este ano e também para 2026. Já para a inflação, o Itaú revisou sua projeção para 2025 de 5,7% para 5,5%, com expectativa de corte nos preços da gasolina nas refinarias e os efeitos da queda de preços de commodities metálicas sobre a inflação de bens industriais. Para 2026, a projeção de inflação foi revisada para 4,4% (de 4,5%).
O desafio fiscal do país segue significativo, observam os economistas do Itaú. O banco revisou sua projeção de resultado primário para -0,8% (de -0,7%) em 2025 e 2026. Diante da expectativa de receitas menores por inflação e preços de petróleo mais baixos. os economistas avaliam ser ainda mais importante que o governo anuncie medidas de contenção de despesas.
Para a Selic, o banco manteve a projeção de fim de ciclo de política monetária em 15,25% na reunião de junho, patamar que deve ser mantido até o final do ano. O Itaú espera duas altas de 50 pontos percentuais nas próximas duas reuniões do Banco Central, mas com menor convicção sobre a segunda – cuja implementação depende da evolução do cenário internacional e seu impacto sobre a taxa de câmbio e os preços de commodities.
Os economistas do Itaú dizem que o aumento de tarifas tem impacto negativo no PIB global, que deve crescer 2,7% este ano de uma previsão anterior de 3,2%. Para 2026, a projeção é de crescimento de 2,6% dos 3,2% anteriores. Nos Estados Unidos, o crescimento deve se reduzir de 2% previstos anterioremente para 1,2% este ano e 1% em 2026.
Na China, mesmo que se chegue a um acordo que reduza a tarifa efetiva com os EUA dos atuais 104% em vigor para cerca de 60%, as exportações do país para os EUA ficam virtualmente inviáveis. Com isso, os economistas do Itaú reduziram a projeção de crescimento da economia chinesas de 4,5% para 4,2% em 2025, com manutenção em 4% em 2026.
Corte seria de R$ 10 bilhões e consta da proposta de reforma do setor elétrico
Resultado é 47,8% maior que o registado no ano passado
A duplicidade na isenção é válida também para militares da reserva ou reformados, a partir do mês em que completam 65 anos
Benefício extra começa a ser pago no dia 24 para quem ganha um mínimo