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Brasil registrou cerca de 194.331 migrantes em 2024
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Em comparação com uma análise de 2016, presença das partículas no órgão cresceu 57% e acendeu o alerta de cientistas
Cientistas encontraram níveis elevados de microplásticos em 24 cérebros humanos coletados durante autópsias feitas no início deste ano. As partículas, definidas como fragmentos de diâmetro inferior a 5 mm, responderam por em média 0,5% do peso dos órgãos. Além disso, a quantidade encontrada no novo estudo foi superior à de outros órgãos analisados e apresentou um “crescimento significativo” em relação à análise feita pelos pesquisadores em 2016.
“As concentrações de MNP (microplásticos nanométricos) em amostras de cérebro de falecidos variaram de 7 a 30 vezes as concentrações observadas em fígados ou rins. (…) Temos alta confiança de que os MNPs se acumulam seletivamente no cérebro, sendo a maioria particulados em escala nanométrica e em forma de fragmentos”, escreveram os autores do estudo.
O trabalho foi disponibilizado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) como pré-print, e está em processo de revisão por pares para ser publicado numa revista científica do grupo Nature.
No artigo, os cientistas da Universidade do Novo México, nos EUA, explicam que mais aprofundados trabalhos são necessários para entender a relação entre esses dados de concentração dos microplásticos e os efeitos na saúde humana.
Porém, já destacam que “os paralelos entre os dados atuais que mostram uma tendência crescente nas concentrações de MNPs no cérebro com a presença exponencial de microplásticos no meio ambiente e as crescentes taxas globais de Alzheimer e demência (…) aumentam a urgência em entender os impactos dos MNPs na saúde humana”.
Isso especialmente devido ao potencial das partículas observado em estudos de atuar no acúmulo de proteínas no cérebro ligados ao Alzheimer, como a beta-amiloide e a tau, continuam.
Na nova análise, os cientistas encontraram 4,806 microgramas de microplásticos por grama de tecido cerebral (μg/g), o que correspondeu a 0,48% do peso do órgão. A concentração é 57% maior do que o observada na pesquisa feita oito anos antes, em 2016, quando foi de 3,057 μg/g.
Ao jornal britânico The Guardian, o principal autor da pesquisa e professor de Ciências Farmacêuticas da Universidade do Novo México, Matthew Campen, disse ser algo “bastante alarmante”: — Há muito mais plástico em nossos cérebros do que eu jamais teria imaginado ou com o qual me sentiria confortável.
Sobre a variação em 2024 em relação à análise anterior, disse que a presença das partículas no corpo humano de fato está aumentando com o tempo e que é um fenômeno “consistente com o que se vê no meio ambiente”.
Cientistas independentes ouvidos pelo The Guardian compartilharam uma preocupação com os achados. Sedat Gündoğdu, que estuda o tema na Universidade de Cukurova, na Turquia, disse se tratar de uma “emergência global”.
Bethanie Carney Almroth, ecotoxicológica da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, disse ser “assustador” e que a identificação cada vez mais frequente de microplásticos em diferentes órgãos humanos “levanta muitas preocupações”.
Seres humanos são expostos a microplásticos por meio de produtos químicos usados para fabricar diversos produtos, assim como pela presença dessas partículas minúsculas no ar, na água e nos alimentos.
Os riscos à saúde ainda são desvendados, mas trabalhos recentes têm encontrado associações com a presença dos fragmentos no coração, por exemplo, e o maior risco de doenças cardiovasculares.
No principal, publicado em março deste ano no New England Journal of Medicine, pesquisadores italianos analisaram a presença de microplásticos em 257 pessoas que se submeteram a cirurgias preventivas para remover placas das artérias carótidas.
Eles constataram que, ao longo dos 34 meses subsequentes, aqueles com maior acúmulo das partículas nas artérias tiveram um risco significativamente aumentado de infarto, derrame ou morte por qualquer causa, em comparação com os demais.
Em junho, outro trabalho que chamou a atenção, publicado no International Journal of Impotence Research, detectou as partículas no pênis de quatro em cada cinco homens avaliados que receberam tratamento para disfunção erétil. Estudos também já encontraram microplásticos no sêmen e nos testículos, além de em outros sistemas do corpo, como no pulmão, na placenta e na medula óssea.
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