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Vereador em fim de mandato diz se identificar com centro-esquerda, defende tarifa zero e diz que ‘haverá um Bolsonaro nas urnas’ em 2026
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), disse nesta segunda-feira acreditar que “haverá um Bolsonaro nas urnas” nas eleições de 2026 e que o partido ainda não tem uma definição sobre o nome que irá sucedê-lo no cargo a partir do ano que vem, quando ele deixará o Legislativo paulistano após 27 anos. Pelo acordo firmado com a coligação que reelegeu neste ano o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o União Brasil terá direito a indicar um dos sete vereadores eleitos pela legenda para presidir a Câmara.
Principal cacique do partido na cidade e uma das lideranças políticas mais proeminentes da política paulistana, Milton Leite evitou dizer qual é seu nome favorito para o cargo. E negou que a inexperiência dos dois nomes que ajudou a eleger — Silvio Antonio, o Silvão, e Silvio Ricardo, o Silvinho — pese contra eles na disputa.
— Eu defendi um nome do União Brasil na composição, e vou defender esse nome. Não aceito que alguém demonize um nome da minha bancada. É óbvio que o Ricardo Teixeira (vereador mais antigo da sigla) tem e terá o nosso respeito. Mas ele tem que entender, todos devem, que a disputa dentro do União Brasil é natural e legítima. A disputa é grande — afirmou em entrevista ao programa ‘Roda Viva’, da TV Cultura. — Temos muito tempo. Nós vamos construir um acordo, na paz. Qualquer vereador do União tem condição. Todos do União estão habilitados.
Declarando-se um “aliado de primeira hora do Ricardo Nunes”, embora pontue que há “pontos de divergência”, Leite disse que “não teria nenhum problema” em ter se candidatado à prefeitura caso não tivesse chegado a um acordo com o emedebista — acordo esse anunciado somente após a candidatura de Nunes ser oficializada, em maio. O político afirmou que agora, sem cargo público, vai tirar férias. E que decidiu não tentar um novo mandato porque “não quer ficar agarrado à cadeira”.
— Tem que dar oportunidade para os novos, tem que oxigenar o União Brasil. Vou participar de longe. Vamos deixar a cidade virar um pouco, é importante. Quando apaga uma estrela, nasce outra — declarou.
Perguntado sobre as eleições de 2026, Leite disse acreditar que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), buscará a reeleição no estado. Na disputa para a Presidência, disse que o partido ainda não tem uma posição definida — o União Brasil tem três ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao mesmo tempo em que abriga o governador do Goiás, Ronaldo Caiado, que se apresenta como pré-candidato.
— Acredito que o Jair Bolsonaro colocará seu nome e levará a candidatura até os últimos dias, com o Eduardo (Bolsonaro, filho do ex-presidente e deputado federal) como vice. Haverá um Bolsonaro nas urnas, segundo a minha visão política. A informação que eu tenho é que poderia ser o Eduardo — afirmou. — Vamos discutir. Eu sempre defendo candidatura própria. Vamos observar isso no momento oportuno. É muito prematuro. Hoje, é uma indefinição.
Perguntado sobre a guinada à direita de seu partido, que elegeu na capital paulista nomes como Lucas Pavanato e Amanda Vettorazzo, Milton Leite afirmou que o União Brasil é uma sigla de centro, sendo que ele próprio se considera como de “centro-esquerda”:
— O União Brasil é um partido nacional, temos representações de diferentes segmentos. O partido deseja ter candidatura própria, e é preciso que tenha intersecções entre essas diferentes linhas de pensamento. Eu sou de centro para a esquerda. Eu nasci na esquerda. Evoluí um pouco e fui para o centro. Tenho ótima relação com os políticos de direita e da esquerda. Talvez seja a fórmula do sucesso.
O vereador se disse favorável à tarifa zero no transporte público como uma política de distribuição de renda e saiu em defesa do empresário Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, presidente da Transwolff que é investigado por suposto envolvimento com o PCC — inquérito no qual ele próprio foi listado como testemunha.
— Não acredito que o Pandora esteja envolvido com o crime organizado. Não acredito que tenha ligação do PCC com a Transwolff. Se eu tivesse alguma dúvida de envolvimento dele com o PCC, eu não teria me aproximado dele. Se tem um lá (na Transwolff), que a polícia vá, investigue e prenda. Toda e qualquer investigação deve prosseguir, até que se prove tudo. Eu estou à disposição — disse.
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