
Ministro André Mendonça valida repactuação de acordo de leniência da Lava Jato
Termos ainda deve ser referendada pelos demais ministros do STF
Ministro do STF afirmou que questão será analisada ‘no momento adequado’ e não aceitou solicitação para atrasar alegações finais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), negou nesta segunda-feira um pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que a Procuradoria-Geral da República ( PGR) se manifeste sobre uma suposta conta do Instagram do tenente-coronel Mauro Cid antes de apresentar as alegações finais na ação penal da trama golpista.
Moraes afirmou que “não será admitido tumulto processual e pedidos que pretendam procrastinar o processo”. O ministro ainda disse que “o curso da ação penal seguirá normalmente, e a Corte analisará as questões trazidas no momento adequado”.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes abriu prazo de 15 dias para a PGR apresentar seu posicionamento no processo, no qual irá defender a absolvição ou condenação de Bolsonaro e dos demais réus. Essa é uma das últimas etapas da ação.
Entretanto, o advogado Celso Vilardi, que defende Bolsonaro, queria que a PGR se manifestasse sobre dados apresentados pela Meta e pelo Google em relação ao perfil do Instagram. Para Vilardi, as informações mostram que Cid foi o responsável por criar a conta. O militar, por sua vez, voltou a negar na semana passada, em depoimento à Polícia Federal (PF), ter utilizado o perfil.
Vilardi ressaltou que as informações apresentadas pela Meta, dona do Instagram apontam não só que a conta foi criada usando um e-mail de Mauro Cid como que houve a verificação desse endereço. Além disso, apontam, em um dia, acessos com diferença de apenas um minuto no Instagram e no e-mail.
Outra alegação é que o protocolo de identificação (IP, na sigla em inglês) de um dos acessos foi feito na mesma região em que Cid mora, em Brasília. Além disso, o número de registro da conta de Instagram foi utilizado pelo militar.
“O que, portanto, tem se revelado nestes autos é que as mentiras do delator não só têm se amontoado, como também são cada vez mais descaradas e, aparentemente, envolvem destruição de prova”, afirma Vilardi, ressaltando que a conta foi deletada.
Em seu depoimento, no entanto, o tenente-coronel negou ter criado o perfil e disse não saber quem criou. Também afirmou não utilizar redes privadas (VPN), instrumento para disfarçar a real localidade do usuário.
À PF, Cid ainda negou que tenha conversado com o advogado Eduardo Kuntz pela plataforma. Kuntz afirmou ao STF que trocou mensagens com o militar pela conta.
BS20250630220230.1 – https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/06/30/moraes-diz-que-nao-admitira-tumulto-processual-e-nega-pedido-de-bolsonaro-sobre-suposta-conta-de-cid.ghtml
Termos ainda deve ser referendada pelos demais ministros do STF
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