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OMS decretou novamente emergência internacional devido ao avanço da doença em países africanos e à identificação da nova sublinhagem
A Alemanha confirmou, nesta terça-feira, o primeiro caso da nova versão da cepa mais letal da mpox, o Clado 1b, no país. Em agosto, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde ( OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, decretou que a doença voltou a ser uma emergência internacional de saúde pública (ESPII), o status mais alto de alerta do órgão, devido ao avanço da doença em países africanos e à identificação da nova sublinhagem.
A variante foi identificada pelo Instituto Robert Koch, uma autoridade de saúde alemã. De acordo com o estabelecimento, a infecção ocorreu fora do país europeu e foi detectada na última sexta-feira. O instituto disse que está “monitorando a situação de perto”, mas acrescentou que não vê um risco maior para o país no momento.
Essa é a segunda nação europeia a identificar um caso do Clado 1b. Logo depois que a OMS decretou emergência, a Suécia confirmou a identificação do vírus também de um paciente que esteve fora do país, numa região da África onde “há um grande surto do Clado 1 da mpox”, sem especificar qual.
A mpox é uma infecção viral endêmica em alguns países da África Central e Ocidental e semelhante à varíola humana erradicada em 1980. Ela é dividida em duas linhagens principais, o Clado 1 e o Clado 2. Em 2022, a doença foi registrada pela primeira vez fora do continente africano, causando a disseminação global que levou a OMS a decretar emergência na época.
A cepa responsável pela propagação na época foi o Clado 2, que é mais brando, com uma letalidade de cerca de 1%. Sua maior transmissão foi associada ao vírus ter adquirido a capacidade de se disseminar via relações sexuais, numa mutação que recebeu o nome de Clado 2b. Essa versão do patógeno continua a circular e causar casos pelo planeta, embora eles tenham caído consideravelmente desde 2022.
No fim do ano passado, porém, a OMS identificou que uma nova versão do Clado 1, linhagem cuja mortalidade chega a 10% e que já circulava principalmente na República Democrática do Congo (RDC), também passou a se disseminar via redes de transmissão sexual e ser detectada em novos países. Essa nova variante foi nomeada de Clado 1b e ligada à explosão de casos e mortes na RDC neste ano.
De acordo com a última atualização da OMS, até o dia 6 de outubro o país registrou sozinho 37,5 mil casos prováveis de mpox e 1.017 mortes pela doença. Para comparação, os números representam a vasta maioria do identificado em todo o continente africano: 44,3 mil casos e 1.030 óbitos. E a doença segue com tendência de alta.
Ao todo, são ao menos 9 países que já identificaram casos do Clado 1b. Além da RDC, da Alemanha e da Suécia, a cepa foi confirmada em amostras na Índia, Tailândia, Quênia, Burundi, Ruanda e Uganda.
Na época em que a Suécia identificou o primeiro registro, o diretor regional para Europa da OMS, Hans Kluge, disse que “era apenas uma questão de tempo” até que o Clado 1 se espalhasse para outros países.
“Como observamos anteriormente, era apenas uma questão de tempo até que o Clado I da mpox (…) fosse detectado em outras regiões da OMS, dado o nosso mundo interconectado”, escreveu em publicação no X.

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