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OMS decretou novamente emergência internacional devido ao avanço da doença em países africanos e à identificação da nova sublinhagem
O Reino Unido confirmou, nesta quarta-feira, o primeiro caso da nova versão da cepa mais letal da mpox, o Clado 1b, no país. Em agosto, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, decretou que a doença voltou a ser uma emergência internacional de saúde pública (ESPII), o status mais alto de alerta do órgão, devido ao avanço da doença em países africanos e à identificação da nova sublinhagem.
Segundo a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, da sigla em inglês), o caso foi detectado em Londres, capital da Inglaterra, em um paciente que havia viajado recentemente para países da África onde há casos comunitários da nova cepa – sem detalhar quais. O paciente está hospitalizado e contatos próximos são acompanhados pela agência e organizações parceiras. Se necessário, serão oferecidos testes e vacinação, diz a agência.
— Esta é a primeira vez que detectamos este clado de mpox no Reino Unido, embora outros casos tenham sido confirmados no exterior. O risco para a população do Reino Unido permanece baixo, e estamos trabalhando rapidamente para rastrear contatos próximos e reduzir o risco de qualquer possível disseminação. Em conformidade com os protocolos estabelecidos, investigações estão em andamento para entender como o indivíduo adquiriu a infecção e para avaliar se há outros casos associados — diz Susan Hopkins, conselheira-médica chefe da UKHSA, em comunicado.
A UKHSA afirma ainda que, embora as evidências existentes sugiram que a variante cause doença mais severa, a agência monitora para entender de fato quais são a gravidade, a transmissão e as medidas de controle eficazes. “Inicialmente, trataremos o Clado Ib como uma doença infecciosa de alta consequência (HCID) enquanto aprendemos mais sobre o vírus”, afirma.
O Secretário de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, Wes Streeting, disse que o governo trabalha para prevenir o avanço da doença: — Isso inclui garantir vacinas e equipar profissionais de saúde com as orientações e ferramentas necessárias para responder com segurança aos casos. Também estamos trabalhando com nossos parceiros internacionais para apoiar os países afetados na prevenção de novos surtos.
O Reino Unido possui um estoque existente de vacinas contra mpox e anunciou, no mês passado, a aquisição de mais doses para apoiar um programa de imunização rotineiro. O país é o décimo a registrar um caso da nova cepa, e o quinto fora do continente africano, onde a doença é endêmica.
A variante foi identificada na Alemanha no último dia 22. De acordo com a OMS, a infecção ocorreu também em um país africano atingido pela doença. Já a Suécia registrou um caso logo depois que a OMS decretou emergência, na capital Estocolmo, em um paciente que esteve numa região da África onde “há um grande surto do Clado 1 da mpox”, sem especificar qual.
Ao todo, são ao menos 10 países que já identificaram casos do Clado 1b. Além do Reino Unido, da Alemanha e da Suécia, a cepa foi confirmada em amostras na República Democrática do Congo, epicentro da novo surto; Índia; Tailândia; Quênia; Burundi; Ruanda e Uganda.
A mpox é uma infecção viral endêmica em alguns países da África Central e Ocidental e semelhante à varíola humana erradicada em 1980. Ela é dividida em duas linhagens principais, o Clado 1 e o Clado 2. Em 2022, a doença foi registrada pela primeira vez fora do continente africano, causando a disseminação global que levou a OMS a decretar emergência na época.
A cepa responsável pela propagação na época foi o Clado 2, que é mais brando, com uma letalidade de cerca de 1%. Sua maior transmissão foi associada ao vírus ter adquirido a capacidade de se disseminar via relações sexuais, numa mutação que recebeu o nome de Clado 2b. Essa versão do patógeno continua a circular e causar casos pelo planeta, embora eles tenham caído consideravelmente desde 2022.
No fim do ano passado, porém, a OMS identificou que uma nova versão do Clado 1, linhagem cuja mortalidade chega a 10% e que já circulava principalmente na República Democrática do Congo (RDC), também passou a se disseminar via redes de transmissão sexual e ser detectada em novos países. Essa nova variante foi nomeada de Clado 1b e ligada à explosão de casos e mortes na RDC neste ano.
De acordo com a última atualização da OMS, até o dia 20 de outubro o país registrou sozinho 43,5 mil casos prováveis de mpox e 1.031 mortes. Para comparação, os números representam a vasta maioria do identificado em todo o continente africano: 53,1 mil casos e 1.046 óbitos. E a doença segue com tendência de alta.
Na época em que a Suécia identificou o primeiro registro, o diretor regional para Europa da OMS, Hans Kluge, disse que “era apenas uma questão de tempo” até que o Clado 1 se espalhasse para outros países. “Como observamos anteriormente, era apenas uma questão de tempo até que o Clado I da mpox (…) fosse detectado em outras regiões da OMS, dado o nosso mundo interconectado”, escreveu em publicação no X.
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