![Tarcísio conta com Alesp governista para extinguir estatais e regulamentar funcionamento da Polícia Civil em 2025](https://brasiliaagora.com.br/wp-content/uploads/2025/02/imagem-redimensionada-20250206150719893.webp)
Tarcísio conta com Alesp governista para extinguir estatais e regulamentar funcionamento da Polícia Civil em 2025
Trabalhos devem ser coordenados pelo deputado André do Prado (PL), que tem o apoio do governador para reeleição na presidência da Casa
Pano de fundo do embate é a construção da chamada ‘super chapa dos vencedores’, que reuniria os três últimos governadores petistas
A disputa entre PT e PSD, mirando as eleições de 2026, tem intensificado os atritos na base do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Enquanto os petistas almejam ocupar as duas vagas ao Senado, o que excluiria o apoio à reeleição de Angelo Coronel (PSD), o espaço do vice-governador Geraldo Júnior ( MDB) passou a ser disputado por membros do partido comandado nacionalmente por Gilberto Kassab.
O pano de fundo da disputa é a construção da chamada “super chapa dos vencedores”, que reuniria os três últimos governadores petistas. Além de Jerônimo, que tentará a reeleição, o PT quer manter Jaques Wagner no Senado e emplacar Rui Costa, atual ministro da Casa Civil, na outra vaga. Este arranjo exclui Coronel, que já ameaçou deixar a base do governo.
Já os argumentos para retirar Geraldo da chapa de 2026 se baseiam em seu desempenho na eleição municipal do ano passado, quando teve o apoio das dez siglas da base na corrida pela prefeitura de Salvador. A avaliação é que ele saiu fragilizado da disputa. O prefeito Bruno Reis (União), apoiado por ACM Neto, se reelegeu com mais de 78% dos votos. O emedebista, por sua vez, teve pouco mais de 10%, ficando numericamente atrás do candidato do PSOL, Kleber Rosa.
Diante das tentativas de tirá-lo, Geraldo Júnior evita confirmar sua presença na chapa de reeleição, mas reforça que, por ocupar o cargo, tem preferência.
— Quem decide isso é o conselho político, e essa decisão será tomada no tempo certo. As pessoas ficam ansiosas, mas o importante agora é governar ao lado do governador Jerônimo Rodrigues e seguir entregando resultados para o povo baiano — afirmou à imprensa.
Presidente de honra do MDB, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima afirma ter “tranquilidade” de que o MDB será contemplado na nominata e nega que Geraldo tenha saído enfraquecido das eleições municipais. Para ele, a derrota foi de toda a base governista, não apenas do MDB. Ele destina suas críticas ao PT:
— Rui Costa e sei lá mais quem resolveram sair para o Senado, e agora essa chapa puro-sangue do PT pode nos complicar como um todo. Essa antecipação das eleições de 2026 já está gerando ruído. Daqui a pouco, vai surgir mais problema.
Os ruídos citados por Lúcio Vieira Lima envolvem o senador Angelo Coronel. O acordo para a vice passaria pelo presidente estadual do PSD, senador Otto Alencar, mas não incluiria Coronel.
Este último tem articulado uma estratégia na Assembleia Legislativa, onde também disputa espaço com o PT. O presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), deve ser reeleito para o terceiro mandato consecutivo na próxima segunda-feira. Apesar de contar com o apoio de de 60 dos 63 deputados estaduais, Menezes enfrenta um questionamento judicial devido a uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que impede reeleições na mesma legislatura.
Diante da possibilidade de uma intervenção, a disputa pela sucessão já movimenta os bastidores. Coronel busca emplacar seu filho, Angelo Coronel Filho, na primeira vice-presidência, o que o colocaria na linha de sucessão. No entanto, o petista Rosemberg Pinto também disputa o cargo. Sem consenso, Coronel articula uma mudança no regimento interno da Assembleia para que, em caso de afastamento de Menezes, novas eleições sejam convocadas imediatamente. A proposta, que visa impedir que o PT assuma o comando da Casa, deve ser votada amanhã, mesmo durante o recesso parlamentar.
Após 18 anos no comando do estado, o PT é criticado pelas demais nove siglas da base, como PCdoB, PV, Avante, MDB e PSB, por querer ocupar todos os postos majoritários. O presidente estadual do PSD, senador Otto Alencar, contudo, minimiza as rusgas:
— É muito precoce discutir a sucessão de 2026.
Wagner afirma que não abrirá mão da reeleição. Já Jerônimo Rodrigues tenta acalmar os ânimos.
— Eu estou em 2025 ainda. Os movimentos de agora acabam desenhando, mas o momento agora é de estabilidade — disse na segunda-feira.
Trabalhos devem ser coordenados pelo deputado André do Prado (PL), que tem o apoio do governador para reeleição na presidência da Casa
Data ainda não foi definida. Grupo também deve discutir outros propostas de mudanças no código eleitoral
Corrente majoritária do partido expôs contrariedade com candidatura de Edinho Silva
Senador estreou podcast tendo o governador Cláudio Castro como convidado; os dois reforçaram o embate com o prefeito Eduardo Paes