No lançamento da Frente em Defesa da Educação Inclusiva, integrantes defendem mobilização

Em sessão solene na manhã desta terça-feira (7), o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Inclusiva, reuniu, na sala das comissões da Câmara Legislativa, comunidade escolar e defensores da causa.

Foto: Rinaldo Morelli/CLDF

O presidente da Frente, deputado Fábio Felix (PSOL), destacou a nomeação de cerca de 1.400 monitores, 400 técnicos administrativos e 686 secretários escolares nesta semana. “Essa nomeação é parte da luta de vocês”, disse, ao se referir à comunidade escolar, que, segundo o parlamentar, sofreu grandes dificuldades com a suspensão de monitores e educadores voluntários nas escolas nos últimos anos.

“Essa frente é, na verdade, um centro de organização da nossa mobilização política em torno dessa pauta”, esclareceu. Ele informou que, em 2022, havia cerca de 27 mil estudantes matriculados na educação inclusiva da rede pública e apenas 427 monitores em atendimento nas regionais de ensino.

Em linha tangente, a defensora pública do DF, Amanda Cristina Fernandes, considera que o “trabalho em conjunto” é um caminho primordial no enfrentamento às violações dos direitos das pessoas com deficiência. Ela também comemorou a posse de mais de mil monitores hoje e endossou que essa conquista foi fruto da pressão das mães de estudantes.

“Quem trabalha com direitos humanos sabe que a luta é contínua e, por isso, precisamos estar juntos”, reforçou. Fernandes disse ainda que “tem aprendido muito” com as mães de pessoas com deficiência, o que a fez mudar estratégias na atuação da defensoria junto à educação inclusiva.

Para a promotora do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, Luisa de Marillac Passos, “toda educação precisa ser inclusiva”, ao acrescentar que “inclusão é superação de barreiras”. Ela acredita que a Frente Parlamentar será determinante no desenvolvimento da política educacional no DF.

Em nome das mães de alunos da educação inclusiva, Jéssica Borges agradeceu “o espaço de abertura, em meio a tantas portas fechadas, onde a voz da mãe é deslegitimada”, ao lembrar que as mães são, em sua maioria, as cuidadoras dos filhos. Ela reforçou a relevância da construção coletiva no trabalho da Frente.

Ao referendar a importância da presença dessas mães na agenda de trabalho da Frente, o deputado Fábio Felix, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da CLDF, salientou que é pela “mobilização que acontecem vitórias e mudanças estruturais no sistema”.

O encontro de hoje foi transmitido ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube.