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O “S” do ESG

6 de fevereiro, 2023

Dando continuidade em nossa análise do ESG (Enviromental, Social and Governance) o “S” contempla as ações de responsabilidade social, trabalhistas e de diversidade, primordiais no […]

O “S” do ESG
ESG - Arte reprodução da internet

Dando continuidade em nossa análise do ESG (Enviromental, Social and Governance) o “S” contempla as ações de responsabilidade social, trabalhistas e de diversidade, primordiais no enfrentamento de questões sociais e na busca do desenvolvimento sustentável em todas as dimensões. No meio institucional, ter responsabilidade social torna-se essencial para reduzir ou mitigar a desigualdade social, amplamente constatada no mundo.

Atualmente, podemos observar um ambiente de negócios que abarca o aumento da produtividade, proporcionado pelas novas tecnologias e disseminação de novas informações, levando as empresas a investirem mais em processos de gestão e, assim, buscarem a competitividade. Nesse aspecto, além de compor uma parte importante dentro do conceito de ESG, o “Social” examina se há violações de direitos humanos universais, monitora a relação entre empresas, fornecedores, trabalhadores e parceiros, assim como as comunidades que estão inseridas e partes interessadas nos processos de produção.

Com ampla e abrangente definição, o “S” de ESG compreende ações e projetos tanto nas organizações, na promoção de um ambiente interno com boas práticas trabalhistas, quanto externamente nas comunidades que tenham algum tipo de relacionamento. É importante lembrar que qualquer organização que está em uma determinada localidade, influencia, troca benefícios e compartilha problemas com a comunidade que se avizinha. Ações como doações, arrecadações e benefícios de boa qualidade de vida para as pessoas da comunidade e funcionários são exemplos de como ter responsabilidade social, fora e dentro da empresa.

Vale citar que, nos dias de hoje, a preocupação social está cada vez mais em alta dentre os jovens brasileiros, que estão trazendo à tona uma série de questões ambientais e de preocupação com as relações humanas e equilíbrio entre as pessoas. Estas questões tem tido cada vez mais força nas redes sociais, com milhares de seguidores que corroboram com as lutas e críticas à má conduta, preconceito, racismo e desigualdade, tanto nas organizações quanto fora delas, gerando olhares atentos a cada passo das empresas e processos estabelecidos. Dessa forma, para que uma organização se desenvolva e se destaque nesse meio, é necessário utilizar a responsabilidade social como ação estratégica fundamental para influenciar, positivamente, o meio social e seus públicos-alvo.

Podemos localizar o “S” de ESG em ações corporativas direcionadas as questões de igualdade de gênero, diversidade, saúde mental dos colaboradores, promoção de melhorias no ambiente de trabalho e respeito às leis trabalhistas, desenvolvimento de programas voluntários, bem como o cumprimento dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) desenvolvidos pelo ONU (Organizações das Nações Unidas) podem trazer bons resultados de reputação e imagem.

No contexto atual da humanidade, não é mais suficiente que empresas criem empregos, paguem impostos e façam investimentos, também precisam se preocupar com o impacto social que causam no meio em que estão inseridas. O efeito social da empresa também inclui ajudar as comunidades através de, por exemplo, projetos de apoio à segurança, melhoria da saúde e da educação.

Contribuir com as comunidades não é questão única de responsabilidade social, também impacta nos resultados financeiros e econômicos das empresas, pois melhoram e facilitam a publicidade e o marketing perante os consumidores e clientes, motivando o consumo e a escolha por quem contribui mais para a melhoria do planeta.

Os colaboradores são um componente essencial para o sucesso da produção dos produtos e serviços com qualidade e custos adequados ao mercado. Promover os aspectos como benefícios e formação de talentos são essenciais para o desenvolvimento das organizações e, se não levados a sério, podem configurar grandes desafios como a falta de mão de obra qualificada e motivação no trabalho para empresa especificamente. Uma empresa que estimula a diversidade (de gênero, etnia e orientação sexual) e gera impacto socioambiental positivo, tem mais chances de atrair talentos e, consequentemente, ter melhores resultados impulsionando lucros e a geração de empregos.

As empresas de hoje buscam fortes conexões com seus clientes, parceiros, fornecedores e as comunidades em que operam, pois precisam melhorar o pertencimento nessa relação. Dessa forma, é fundamental que essas organizações se empenhem em examinar o cenário social para determinar como interagir com seus principais interessados e quais as oportunidades e desafios que as mudanças do cenário apresentam.

Colocando em práticas ações de ESG, as organizações são capazes de diminuir seu impacto ambiental, criar um mundo mais igualitário e responsável para as pessoas em sua comunidade e manter os melhores procedimentos de governança e gestão.

 

Por Eduardo Fayet Especialista em Relações Institucionais e Governamentais e ESG – Saiba mais acessando: brasiliaagora.com.br e ipemai.org.br