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POLÍTICA

Oficial preso por participação em trama golpista estava no Rio para produzir relatório sobre atuação do Exército no G20

19 de novembro, 2024 / Por: Agência O Globo

Força diz que militar não teve fez parte do efetivo empregado na GLO durante a cúpula

Oficial preso por participação em trama golpista estava no Rio para produzir relatório sobre atuação do Exército no G20
Exército Brasileiro. Foto: Divulgação

Apenas um dos militares presos na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal exercia função no Exército. Dos três oficiais da ativa, Hélio Ferreira Lima e Rafael Martins de Oliveira estavam afastados porque já tinham sido alvos da operação Tempus Veritas, em fevereiro. O trio fazia parte em 2022 dos “kids pretos”, formado por militares das Forças Especiais.

O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo serve no comando de operações especiais em Goiânia. No momento da prisão, porém, estava no Rio com a missão de produzir um relatório sobre o trabalho da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) implantada pelo Exército durante a realização do G20. Em nota, o Exército afirmou que “o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo deslocou-se para a guarnição, a serviço, para participar de outras atividades e não fez parte do efetivo empregado na operação de GLO”.

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira quatro militares e um policial federal em uma operação que apura um suposto plano dos “kids pretos” do Exército para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022. As medidas foram cumpridas como parte do inquérito que apura se houve uma tentativa de golpe de Estado após o resultado da eleição.

O tenente-coronel Ferreira Lima servia em Manaus, mas estava afastado de suas funções. Foi detido em Niterói, para onde havia viajado com autorização para participar da formatura das Forças Especiais.

O também tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira usava tornozeleira e havia sido afastado das funções quando servia em Niterói.

Como de praxe, a Polícia Federal informou o comando do Exército na noite de segunda-feira que faria uma operação na manhã desta terça-feira. Um oficial foi designado para acompanhar o cumprimento dos mandados, mas os nomes dos alvos não foram informados previamente.


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