Clima extremo atinge o Continente, a Ásia e o Estados Unidos
Grandes áreas do sul e do leste da Europa foram colocadas em alerta vermelho para onda de calor nesta terça-feira (18).

Imagem de Francis Liagre por Pixabay
A ilha mediterrânea da Sardenha, parte da Itália, pode ter máximas de mais de 47 °C. Segundo meteorologistas, as temperaturas podem passar dos 40 °C em várias cidades italianas, chegando a 43 °C graus na região de Roma.
Com temperaturas escaldantes atingindo a Europa durante o pico da temporada de turismo no verão, a OMM disse que a onda de calor no hemisfério norte deve se intensificar.
Estima-se que 61 mil pessoas podem ter morrido por conta das ondas de calor no ano passado apenas na Europa.
O centro de coordenação de resposta a emergências da União Europeia emitiu alertas vermelhos para altas temperaturas na maior parte da Itália, nordeste da Espanha, Croácia, Sérvia, sul da Bósnia e Herzegovina, e Montenegro.
As ondas de calor neste verão, com temperaturas acima de 53 °C no Vale da Morte na Califórnia, nos EUA, e mais de 52 °C no noroeste da China, coincidiram com incêndios florestais atingindo a região da Grécia aos Alpes suíços e inundações mortais na Índia e na Coreia do Sul.
A situação aumenta a urgência das negociações nesta semana entre Estados Unidos e China, os maiores poluidores e emissores de gases de efeito estufa do mundo.
O enviado climático dos EUA, John Kerry, se reuniu com autoridades chinesas em Pequim e expressou esperança de que a cooperação climática possa redefinir os laços conturbados entre as duas potências.
O presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou o compromisso de Pequim com a neutralidade de carbono.
“As temperaturas na América do Norte, Ásia, no norte da África e Mediterrâneo ficarão acima de 40 °C por um número prolongado de dias nesta semana, à medida que a onda de calor se intensifica”, disse a OMM.
As temperaturas mínimas durante a noite também devem atingir novos picos, afirmou a OMM, criando o risco de aumento de casos de ataques cardíacos e mortes.