BRASÍLIA

Ônibus e automóveis são os meios de transporte mais usados no DF

29 de junho, 2023

Levantamento do IPEDF, com base nos dados da última Pdad, também avalia outras formas de deslocamento, como metrô e bicicleta O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, na quarta-feira (28), o estudo Como Anda Brasília, elaborado a partir de dados coletados na última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), de …

Levantamento do IPEDF, com base nos dados da última Pdad, também avalia outras formas de deslocamento, como metrô e bicicleta

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, na quarta-feira (28), o estudo Como Anda Brasília, elaborado a partir de dados coletados na última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), de 2021. O estudo revela como a população do DF se locomove para trabalhar e estudar, apresentando recortes sobre a mobilidade de acordo com sexo, idade, raça e renda. Os meios de deslocamento mais utilizados foram os ônibus e o automóvel. Na mobilidade ativa, a preferência foi pelo deslocamento a pé.

No deslocamento entre a residência e o local de estudo, o automóvel foi mais utilizado entre os residentes do Park Way, Lago Sul e Sudoeste/Octogonal, enquanto o uso do ônibus foi maior no Itapoã, Sol Nascente/Pôr do Sol e Riacho Fundo II | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

No deslocamento entre a residência e o local de trabalho, os moradores do Lago Sul (97,5%), Sudoeste/Octogonal (88,4%) e Lago Norte (86,9%) são os que mais utilizaram o automóvel como meio de transporte principal. Quanto ao uso do ônibus, os maiores percentuais foram observados no Sol Nascente/Pôr do Sol (62,8%), Paranoá (58,1%) e São Sebastião (53,1%). Em relação ao uso do metrô, os habitantes de Águas Claras (10,3%), Samambaia (7%) e Ceilândia (6,3%) apresentaram o maior uso, justamente pela existência de linhas do modal nessas regiões.

Considerando os meios não motorizados, o uso da bicicleta para o deslocamento residência-trabalho foi maior entre a população das regiões administrativas SCIA/Estrutural (10%), Paranoá (3,4%) e São Sebastião (3,3%). Já os trajetos realizados a pé tiveram maior representatividade nas RAs Brazlândia (22,7%), SIA (22,6%) e Varjão (21,4%).

Arte: Divulgação/IPEDF

No deslocamento entre a residência e o local de estudo, o automóvel foi mais utilizado entre os residentes do Park Way (77,9%), Lago Sul (76,9%) e Sudoeste/Octogonal (76,8%), enquanto o uso do ônibus foi maior no Itapoã (45%), Sol Nascente/Pôr do Sol (42,7%) e Riacho Fundo II (37,6%), e do metrô em Águas Claras (7,3%), Guará (3,4%) e Ceilândia (2,3%). Analisando a mobilidade ativa, o deslocamento a pé foi mais significativo em Ceilândia (59,6%), Recanto das Emas (50,7%) e Samambaia (44,6%), e a bicicleta no SCIA/Estrutural (4,0%), Planaltina (2,5%) e SIA (2,2%).

Recorte sociodemográfico

Os meios mais utilizados para ir ao trabalho, tanto entre os homens (51,9% e 28,6%) quanto entre as mulheres (43,8% e 39,3%), foram o automóvel e o ônibus. O deslocamento a pé foi realizado por 10,9% das mulheres e 8,3% dos homens. Para ir ao local de estudo, o deslocamento a pé foi o mais utilizado em ambos os sexos (34,5% entre os homens e 33% entre as mulheres). O automóvel foi o segundo meio mais utilizado entre os homens (26,5%) e o terceiro entre as mulheres (25,6%), enquanto o ônibus foi registrado na utilização de 22,1% dos homens e 26,1% das mulheres.

Arte: Divulgação/IPEDF

A maioria dos homens e mulheres que se deslocaram de automóveis para o trabalho tem de 40 a 59 anos. No deslocamento a pé, destacaram-se as mulheres com 60 anos ou mais, seguidas pelos homens na mesma faixa etária. No deslocamento ao local de estudo, o uso do ônibus cresceu conforme a idade aumentou, enquanto o de automóveis diminuiu: 44,5% dos homens e 55,2% das mulheres entre 18 e 24 anos utilizavam o ônibus. O deslocamento a pé foi maior na faixa etária dos 4 aos 10 anos em ambos os sexos.

O meio de transporte mais utilizado para ir ao trabalho entre a população negra e não negra foi o automóvel (41,8% e 57,7%, respectivamente), seguido do ônibus (37,8% e 26,9%) e do deslocamento a pé (10,5% e 7,9%). No trajeto para o local de estudo, o automóvel foi o mais utilizado entre os não negros, enquanto o deslocamento a pé foi o mais utilizado entre os negros. O ônibus ficou em segundo lugar entre os estudantes negros e não negros.

As mulheres negras são as que mais se deslocaram para o trabalho de ônibus (45,5%) e a pé (12,7%), seguidas pelos homens negros (32,5% e 9%, respectivamente). Os homens não negros são os que mais se deslocaram para o trabalho de automóvel (61,1%), seguidos pelas mulheres não negras (53,9%). O uso de automóvel para ir até o local de estudo foi maior entre os homens não negros (33,8%) e as mulheres não negras (33,6%), enquanto o deslocamento a pé foi maior entre os homens negros (38,5%) e as mulheres negras (37,5%).

Faixas de renda

Analisando por renda, observa-se que na faixa de até um salário mínimo tanto homens como mulheres utilizaram mais o ônibus para ir ao trabalho (42,8% e 54,5%, respectivamente), assim como na faixa de um a dois salários mínimos (48,2% e 63,5%). Na faixa de renda mais baixa o automóvel foi o segundo transporte mais utilizado pelos homens (21,9%), enquanto para as mulheres foi o deslocamento a pé (25,1%). Nas faixas acima, o cenário se inverte: o automóvel foi o mais utilizado por ambos os sexos, com percentual crescente de acordo com a renda, seguido do ônibus.

No trajeto entre a residência e o local de estudo, o ônibus foi o mais utilizado por homens e mulheres considerando as faixas de renda de até um salário mínimo (34,9% e 39,4%, respectivamente) e de um a dois salários mínimos (40,6% e 51,9%). Na faixa mais baixa, o deslocamento a pé figurou logo em segundo lugar para ambos os sexos, enquanto na faixa seguinte o automóvel foi o segundo transporte mais utilizado pelos homens e o deslocamento a pé pelas mulheres. Nas faixas acima, o automóvel se destaca e o deslocamento a pé chega a ultrapassar o ônibus em alguns cenários.

Confira o infográfico com os principais dados de acordo com o recorte sociodemográfico.

Assista aqui à apresentação do estudo e confira a apresentação e o estudo completo.

*Com informações do IPEDF

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