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Plano de Paes se transforma no principal tema de discussão na reta final da disputa eleitoral
Na reta final para a disputa do primeiro turno para a Prefeitura do Rio, uma afirmação de Eduardo Paes (PSD) em entrevista à Ema Jurema, do Extra, dominou ontem as campanhas. Candidato à reeleição, ele disse que planeja oferecer o medicamento Ozempic — utilizado no combate à diabete, mas que também atua no emagrecimento — na rede pública de saúde do município. A declaração recebeu críticas de seus principais adversários: Alexandre Ramagem (PL) e Tarcísio Motta (PSOL).
Na entrevista aoExtra, publicada terça-feira, ao ser perguntado sobre como emagreceu, Paes revelou que perdeu 30 quilos com Ozempic, falou do plano de oferecer o medicamento na rede municipal e declarou: “O Rio vai ser uma cidade que não vai ter mais gordinho, todo mundo vai tomar Ozempic nas clínicas da família”.
Ontem, ele explicou que a prefeitura já vinha negociando com a farmacêutica do medicamento a possibilidade de comprar o Ozempic para a rede municipal. Segundo Paes, caso seja incorporado pelo SUS, o uso será restrito a quem tiver recomendação médica:
— Ao quebrar a patente, que deve ocorrer em 2025 ou 2026, a tendência é de reduzir enormemente o custo. Por que não disponibilizar isso para a população? Não vamos dar para resolver as vaidades. Não é para fazer barriga tanquinho.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, publicou um vídeo, repostado por Paes, explicando que a pasta “se prepara para incorporar” e ressaltando a importância de exercício físico e alimentação saudável.
Para criticar o adversário, Ramagem publicou vídeo no Instagram com relatos de moradores do Rio reclamando da falta de medicamentos básicos em Clínicas da Família. Uma das mulheres na gravação afirma: “A gente quer uma dipirona, não tem. A gente quer um antibiótico, não tem. Então está faltando muita coisa. Então é isso que você tem que fazer, você tem que tomar vergonha na cara e ir na favela procurar ver o que os pobres estão precisando. Não é Ozempic, não!”. Paes garantiu que não há falta de medicamentos na rede municipal.
Tarcísio disse que afirmação de Paes foi um “desrespeito à diversidade de corpos” e um “incentivo à gordofobia”. Para ele, o Rio pode “melhorar muito a vida de pessoas gordas” investindo em clínicas da família com aparelhos onde “caibam corpos gordos”.
— Não sou gordofóbico. É querer dramatizar tudo. Acho que é até uma visão preconceituosa contra os mais pobres. Os dois convivem com um monte de gente que está tomando Ozempic na Câmara dos Deputados em Brasília — rebateu Paes.
Saciedade
O princípio ativo do Ozempic, utilizado no tratamento da diabete tipo 2, é a semaglutida, uma forma sintética do hormônio GLP-1, que promove a saciedade. Por conta deste mecanismo, ele ajuda a emagrecer.
Patente
A patente do Ozempic (atualmente sob posse da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk) vence em 2026, permitindo que laboratórios comercializem medicamentos genéricos ou similares.
Desenvolvimento
A indústria brasileira, assim como a de outros países onde a exclusividade também está perto de terminar, já se movimenta para introduzir versões mais baratas do remédio no mercado. Se seguir a tendência de outros remédios no Brasil, a preços de 15% a 60% inferiores. Hoje, custa mais de R$ 1 mil.
Laboratórios
Antes de a patente expirar, laboratórios já podem desenvolver as moléculas e fazer estudos para comprovar que tenham a mesma segurança e eficácia da original.
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