ECONOMIA
Pacheco afirma que despesas obrigatórias precisam ser desvinculadas do salário mínimo em meio à discussão sobre corte de gastos
13 de novembro, 2024 / Por: Agência O GloboPresidente do Senado se reúne com Lula no Planalto nesta manhã
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que é necessária uma ampla discussão sobre a eficiência dos gastos públicos no país e defendeu que as despesas obrigatórias sejam desvinculadas do salário mínimo. Ele destacou que a valorização da remuneração da força de trabalho não pode estar diretamente ligada ao aumento de gastos essenciais. Isso porque, segundo ele, o Estado precisa fazer mais com menos.
— Há uma vinculação do crescimento de despesas obrigatórias ao salário mínimo. Em uma política de valorização do salário, para valorizar a força de trabalho, do trabalhador de baixa renda. Essa lógica de valorização do salário mínimo, que é absolutamente fundamental para o país, não pode ao mesmo tempo vincular o crescimento de despesas obrigatórias, quando na verdade o que se exige é que despesas, com saúde e educação, se possa fazer mais com menos. Não se pode ter um crescimento parametrizado com o salário mínimo. Vamos precisar ter essa discussão sob pena das despesas contaminarem a capacidade do estado de investir — disse Pacheco em evento do Fórum Empresarial Lide.
Hoje, estão vinculadas ao salário mínimo despesas com pagamento de abono, Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadorias e pensões do INSS.
Pacheco se reúne com o presidente Lula no Palácio do Planalto nesta manhã, em meio à discussão sobre o corte de gastos no governo e das articulações para a sucessão na presidência do Senado.
Já os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e José Múcio (Defesa) estão reunidos com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para debater os cortes. À tarde, o presidente Lula recebe o ministro da Defesa, José Múcio, para discutir a contribuição dos militares no pacote.
A expectativa é que nessa conversa sejam apresentados os detalhes das alterações na previdência da categoria com o objetivo de reduzir as despesas. Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizem, porém, que a cota da categoria no ajuste será apenas simbólica.