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Paris-2024: com natação no Rio Sena, triatlo tem brasileiro em 10º e reclamação da correnteza

31 de julho, 2024 / Por: Agência O Globo

Colocação de Miguel Hidalgo é a melhor do país na modalidade na História dos Jogos Olímpicos

Paris-2024: com natação no Rio Sena, triatlo tem brasileiro em 10º e reclamação da correnteza
Olimpíada de Paris-2024: Miguel Hidalgo é 10º lugar no triatlo, melhor colocação do Brasil na modalidade na história — Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Com os testes realizados durante a madrugada indicando que a água do Rio Sena estava em nível aceitável para os atletas nadarem por 1,5 km, na altura da Ponte Alexandre III, as provas do triatlo foram realizadas nesta quarta-feira em Paris. Sendo assim, após adiamento da competição masculina no dia anterior, a prova feminina foi realizada na data prevista pela organização dos Jogos e transcorreu normalmente.

O brasileiro Miguel Hidalgo conquistou o melhor resultado da história do triatlo brasileiro em Jogos Olímpicos: 10º lugar (1:39.39). O atleta de 24 anos superou o 11º lugar de Sandra Soldan em Sydney-2000, quando a modalidade foi incluída no programa do evento.

Hidalgo fez uma belíssima prova de recuperação. Após encerrar a natação em 23º lugar, a 47 segundos do líder, o brasileiro conseguiu impor um bom ritmo no ciclismo e, assim como tantos outros atletas, formou um pelotão de 32 triatletas. Foi o suficiente para entrar no terço final da prova a apenas 4 segundos do primeiro colocado. Quando chegou à corrida, sua especialidade, entrou na briga pela medalha.

— O décimo lugar para mim é uma porcaria. Óbvio que fiz o resultado histórico do Brasil, não tinha nem nascido quando a Sandra Soldan foi 11ª. Mas, assim, sei que nunca peguei um pódio em Mundial, mas fiz uma preparação para tentar ganhar a prova. Poderia ter feito uma prova mais conservadora e talvez ficasse em uma colocação um pouco melhor, mas fiz tudo o que pude para pegar a medalha e infelizmente não aconteceu — desabafou o atleta ao fim da prova. — Estou bem insatisfeito com o resultado, mas orgulhoso da minha performance.

Outro brasileiro que competiu foi Manoel Messias, que terminou na 45ª colocação.

Mulheres no triatlo: reclamação da correnteza e queda no ciclismo

Mais cedo, o triatlo feminino teve as brasileiras Djenyfer Arnold e Vittoria Lopes, 20ª e 25ª colocadas. Para Djenyfer, a experiência de nadar no Rio Sena foi totalmente desaprovada:

— O que mais atrapalhou realmente foi a natação. Eu larguei do meio para a esquerda, cheguei na boia pela esquerda, só que, com a correnteza, ela foi em cima da gente. Acabou que fiquei presa ali embaixo da boia, tomei muita pancada como nunca havia tomado. Isso foi meio desesperador para as minhas condições.

Vigésima colocada na prova (1:58.45), Djenyfer aponta que o principal problema nem foi a poluição, e sim a correnteza. Já Vittoria, que terminou em 25° lugar (2:00.10), o principal problema enfrentado não foi a natação, e sim o ciclismo. Com a pista escorregadia, a triatleta foi uma das muitas competidoras que acabaram sofrendo quedas ao longo do percurso.

— Escorreguei no asfalto, nem foi no paralelepípedo. E, quando fui entregar a bike, bati as costas. Parei ainda três vezes para ver se a pressão do pneu estava ok. Estou muito chateada e preocupada com o revezamento, para falar a verdade, porque estou com uma dor aqui nas costas que não consigo nem andar direito — disse Vittoria ao fim da prova.


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