
Lula vai se reunir com Alcolumbre e líderes do Senado nesta quarta-feira
Jantar acontecerá na residência oficial do presidente do Congresso
Marcos Pereira e Marconi Perillo, presidentes das legendas, afirmam que não abririam mão neste tema; tucanos defendem aliança com Podemos ou Solidariedade
Os presidentes nacionais do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, e do PSDB, Marconi Perillo, confirmaram ao Globo que estão em negociações para uma possível fusão entre as legendas. No entanto, enfrentam um impasse significativo: nenhum dos dois dirigentes está disposto a abrir mão do nome de seu partido.
— Estamos conversando com Podemos, Republicanos e Solidariedade. Não abriria mão (do nome PSDB) — declarou Perillo, reforçando a posição de parte expressiva dos tucanos.
Dentro do PSDB, a possibilidade de extinguir a sigla histórica gera forte resistência. Tucanos ouvidos pelo Globo destacam que a identidade do partido é um fator crucial, e qualquer mudança drástica pode comprometer o apoio de lideranças e militantes. Diante desse cenário, setores da legenda consideram alternativas menos radicais, como uma fusão com o Podemos ou uma federação com o Solidariedade — partidos de menor porte em relação ao Republicanos e que poderiam aceitar mais concessões nas negociações.
Nos bastidores, articuladores do Podemos demonstram otimismo e dão como certa a união com o PSDB. A avaliação interna é de que Marconi Perillo não aceitará um acordo em que sua legenda perca protagonismo.
A avaliação é de que a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu, tem se mostrado favorável a articulações estratégicas e já liderou incorporações bem-sucedidas do PHS e PSC ao seu partido. O Podemos tem como meta crescer politicamente e ampliar sua representatividade para oferecer um projeto nacional robusto.
Nesse contexto, o projeto presidencial do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ganharia força. No passado, Leite chegou a ser convidado a se filiar ao Podemos para disputar a presidência em 2022, evidenciando o interesse da legenda em atrair lideranças de expressão nacional.
Este aval para o gaúcho não seria fácil no Republicanos, que abriga o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Considerado um dos principais nomes do bolsonarismo, ele aguarda o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro para definir seu futuro, diante da inelegibilidade do ex-mandatário.
Somada a esta problemática, a fusão entre PSDB e Republicanos poderia gerar disputas internas e complicar planos de filiados. Em Minas Gerais, por exemplo, o ex-governador e deputado federal Aécio Neves (PSDB) mira uma vaga no Senado em 2026. No entanto, ele poderia enfrentar a concorrência do presidente estadual do Republicanos, Euclydes Pettersen, que também tem aspirações para o cargo.
Apesar do impasse iminente, aliados de Aécio negam resistência à fusão. Eles afirmam que o cenário político do estado é incerto e, por isso, garantem que a questão regional não tem sido levada em conta pelo político. Nos últimos dias, ele teve reuniões com Marcos Pereira e o presidente da Câmara, Hugo Motta, além de ter conversado ao telefone com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
As negociações seguem em andamento, e o desfecho dessas articulações é esperado ainda no mês de abril, a fim de destravar a construção de alianças para 2026.
Jantar acontecerá na residência oficial do presidente do Congresso
Bolsonarista está na chefia da Segurança Pública do governo Tarcísio
Magistrados prestigiaram lançamento de um livro organizado pelo ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco
Nordeste, jovens e eleitores de classe média baixa puxam escalada da rejeição