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Profissionais de saúde eram pagos por entidade para tratar presos ligados à facção
O Ministério Público de São Paulo denunciou, na segunda-feira, 12 pessoas, entre advogados e dirigentes da ONG Pacto Social e Carcerário São Paulo, por suspeita de associação ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação aponta que a facção criminosa utilizava a ONG para financiar uma espécie de “plano de saúde” responsável por atendimentos médicos e odontológicos a seus integrantes presos, com pagamentos feitos por meio de recursos ilegais.
A Operação Scream Fake, deflagrada este mês pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Civil, revelou que advogados atuavam em favor do PCC — os “gravatas” — contratavam profissionais de saúde para oferecer serviços que iam de implantes dentários até procedimentos estéticos, como clareamento dental e botox, a presidiários da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.
“Nota-se a existência de uma gestão setorizada e organizada de um verdadeiro plano de saúde operado por integrantes da facção em favor de destacados membros seus, invariavelmente recolhidos na Penitenciária II de Presidente Venceslau e no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes”, afirma a denúncia assinada pelo promotor de Justiça LincolnGakiya, do núcleo de Presidente Prudente.
A operação foi nomeada Scream Fake em referência à participação da ONG no documentário “O Grito – Regime Disciplinar Diferenciado”, lançado no ano passado e exibido na Netflix.
A investigação começou em 2021, quando uma mulher foi flagrada tentando entrar na penitenciária com cartões de memória escondidos na roupa. O material continha informações sobre setores internos do PCC, incluindo um braço jurídico chamado “sintonia dos gravatas” e uma estrutura voltada à divulgação de denúncias falsas contra agentes.
O MP afirma que a ONG era usada para espalhar alegações de tortura e abusos nos presídios para desestabilizar o sistema penitenciário. Foram identificadas movimentações suspeitas de R$ 12,5 milhões nas contas de Geraldo Sales da Costa, vice-presidente da ONG, entre 2018 e 2022. Ele e sua mulher, Luciene Neves, estão entre os denunciados.
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