ECONOMIA

Percentual de famílias endividadas se mantém em 78%

8 de fevereiro, 2023

Proporção de consumidores com dívidas atrasadas há mais de 3 meses atinge maior nível em quase 3 anos Levantamento divulgado nesta quarta-feira (8) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra que o endividamento se manteve estável em janeiro na comparação com dezembro. No entanto, a proporção de brasileiros com dívidas atrasadas há mais de três …

Proporção de consumidores com dívidas atrasadas há mais de 3 meses atinge maior nível em quase 3 anos

Levantamento divulgado nesta quarta-feira (8) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra que o endividamento se manteve estável em janeiro na comparação com dezembro. No entanto, a proporção de brasileiros com dívidas atrasadas há mais de três meses atingiu o maior patamar desde abril de 2020.

De acordo com a CNC, 78% das famílias brasileiras tinham dívidas a vencer em janeiro, mesma proporção registrada no mês anterior. Desse total, 16,9% consideravam-se muito endividados, a menor proporção para o indicador desde janeiro de 2022.

Na comparação com janeiro do ano passado, o endividamento avançou 1,9 ponto percentual. Mas, segundo a entidade, o indicador vem perdendo fôlego desde novembro. “A evolução positiva do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a inflação mais moderada nos últimos meses são fatoreis que explicam o freio no endividamento. Na prática, eles melhoraram a renda disponível”, avaliou a CNC.

Ainda de acordo com o levantamento da CNC, a proporção de famílias com dívidas atrasadas caiu de 30,0% em dezembro para 29,9%. Foi o primeiro recuo do indicador após 6 meses consecutivos de alta. “Mas quem tem dívidas mais antigas, no entanto, aparenta mais dificuldade de sair da inadimplência”, destacou a CNC.

Conforme o levantamento, 11,6% dos consumidores chegaram a janeiro sem condição de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores. Para além disso, 44,5% dos inadimplentes relataram ter dívidas atrasadas por mais de 90 dias, maior patamar registrado em quase três anos. O brasileiro utilizou 30,1% da renda de janeiro para pagar apenas as dívidas, proporção menor do que a de dezembro (30,3%) e a mesma de janeiro do ano passado.

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