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PF atuará com celeridade para esclarecer motivo de explosões na Praça dos Três Poderes, diz Lewandowski

14 de novembro, 2024 / Por: Agência O Globo

Lula estava no Palácio da Alvorada no momento, a quatro quilômetros do local; STF diz que ministros deixaram a Corte em ‘segurança’

PF atuará com celeridade para esclarecer motivo de explosões na Praça dos Três Poderes, diz Lewandowski
Casa do homem que detonou explosivos em frente ao STF é encontrada destruída — Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira, em Brasília, serão apuradas com rapidez pela Polícia Federal, para garantir o funcionamento do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

“As forças federais de segurança pública acompanham atentamente os acontecimentos ocorridos na capital do país, na noite desta quarta-feira, e estão preparadas para assegurar o pleno funcionamento dos Poderes constituídos. A Polícia Federal está trabalhando com rigor para elucidar, com celeridade, a motivação das explosões na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, e nos arredores do Congresso Nacional”, afirma nota do ministro.

Espelho em casa alugada por homem que detonou explosivos em frente ao STF — Foto: TV Globo/Reprodução

Duas explosões na Praça dos Três Poderes deixaram um morto e um carro incendiado na noite desta quarta-feira. A área foi cercada por policiais, o prédio do Supremo Tribunal Federal foi evacuado e a sessão da Câmara foi suspensa. A Polícia Civil investiga o caso, e a Polícia Federal já abriu um inquérito.

Um corpo foi encontrado nas proximidades da Corte. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, houve um “autoextermínio com explosivo”.

Após as explosões, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) iniciou uma varredura no entorno do Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Planalto no momento das explosões, mas no Palácio da Alvorada, a quatro quilômetros da área. É no Alvorada também onde ele está reunido agora com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Após o ocorrido, o presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, falou por telefone com Lula e com Rodrigues, além da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Barroso também trocou mensagens com o governdor do DF, Ibaneis Rocha, que está na Itália.

Policiais estão cercando a Praça dos Três Poderes e pedindo que as pessoas se afastem. Uma equipe da Polícia Militar está fazendo uma varredura no local para verificar se há outros explosivos. No prédio da Corte, o plenário foi evacuado e a orientação é que ninguém fique próximo às janelas. Além disso, um carro pegou fogo nas proximidades do Anexo IV da Câmara, e policiais também fazem uma varredura agora para saber se há explosivos em outros carros. A Polícia investiga se há relação entre a explosão nas proximidades no STF e o incêndio próximo à Câmara.

— Há indícios que é a mesma pessoa que ocasionou uma explosão aqui (perto da Câmara) e correu para o STF — afirmou o Sargento Santos, da Polícia Militar do DF, que desarmou o explosivo no porta-malas do carro. — Era uma bomba caseira, com pólvora e tijolos.

Ele conta que chegou com sua equipe quando ainda saía fumaça do interior do carro e visualizou um suspeito correndo em direção à Corte.

— A gente correu em direção ao veículo e pediu ajuda ao pessoal da Câmara, com extintores. Conseguimos controlar o fogo e retirar todo o pessoal que estava em volta, para que não tivesse vítimas — disse.

Testemunhas relatam explosões

Em nota, o STF afirmou que “dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança”. O texto diz ainda que “servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela”. A nota acrescenta que “mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos” e que “a Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF.”

A servidora do Tribunal de Contas da União (TCU) Layana Costa estava esperando o ônibus na frente do Congresso Nacional, quando viu o homem se dirigir ao STF Ele levava uma sacola e chegou a dar um “joinha” para quem estava no ponto do ônibus.

De repente, ela ouviu uma primeira explosão e viu os seguranças do Supremo correrem em direção ao homem. Depois, houve um segundo estouro. Nessa hora, o homem teria caido no chão.

— Ele passou fazendo um sinal para a gente. Ouvi duas explosões — disse ela.

A vendedora ambulante Tais Silva presenciou o momento das explosões. Ela tem uma barraca de bolos e sanduíches no túnel que liga a Câmara à Praça dos Tres Poderes.

— Teve uma primeira explosão na Câmara. Achei que era só um curto circuito, mas depois ouvi mais explosões na frente do Supremo. Achei que era um atentado e fiquei com medo — disse ela.

A Câmara e o Senado também iniciaram, após uma hora das explosões, o processo de evacuação. Deputados fizeram um minuto de silêncio.


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