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Um integrante da cúpula do partido avalia que a relação com os bolsonaristas radicais enquanto Jair Bolsonaro é presidente é uma e, com Lula, deverá ser outra. Uma ala do PL – incluindo integrantes da cúpula do partido – defende isolar bolsonaristas radicais, como Carla Zambelli (SP), para evitar atrito com o novo governo Lula …
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Um integrante da cúpula do partido avalia que a relação com os bolsonaristas radicais enquanto Jair Bolsonaro é presidente é uma e, com Lula, deverá ser outra. Uma ala do PL – incluindo integrantes da cúpula do partido – defende isolar bolsonaristas radicais, como Carla Zambelli (SP), para evitar atrito com o novo governo Lula (PT).
Esse grupo avalia que a relação e o protagonismo dado a Zambelli e outros bolsonaristas considerados bélicos é uma com Jair Bolsonaro (PL) no poder. Mas, com a saída do presidente, tem que ser outra.
“A maioria [do PL] não quer confusão. Se tiver que ser feito embate pela racionalidade, vamos fazer. Mas desse comportamento bélico, estamos fora”, disse ao blog um deputado federal do partido e aliado de Bolsonaro.
O incômodo no PL com radicais aumentou após um grupo de apoiadores de Bolsonaro ir até um jantar da legenda, na terça (29) em Brasília, para hostilizar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que recebeu apoio do PT para disputar a reeleiçãoNa porta do jantar, apoiadores foram pautados para constranger Lira, convidado pelo PL, chamando-o de traidor e omisso, e cobraram dele uma posição sobre os atos – golpistas – que apoiadores do presidente têm feito junto a quartéis e em rodovias.
Um aliado de Lira e de Bolsonaro deu o tom da irritação do Centrão com esses radicais agora: após o episódio, sugeriu que Lira orientasse esse grupo a perguntar por telegrama a opinião de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que foi fotografado sorridente no Catar.
Eduardo Bolsonaro quer liderar a oposição a Lula na Câmara e precisa do PL para isso. Ele disputa espaço com Carla Zambelli, sem o pai no comando do Planalto e, por isso, apoia o isolamento da deputada.
No entanto, a vida de Eduardo também não está fácil dentro do partido: o episódio do Catar desgastou ainda mais e desmoralizou seu discurso radical de confronto com as instituições, liderado pelo pai. A avaliação de colegas da Câmara é de que o filho do presidente era o único que não podia ir ao Catar em meio a esse roteiro do pai – e, pior, roteiro que arrastou o partido para um confronto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Portanto, Eduardo também deve ser esvaziado, aos poucos, pela cúpula do partido.
Durante o mesmo jantar, Carla Zambelli cobrou de Bolsonaro uma orientação do presidente aos apoiadores após a derrota nas eleições. O presidente se irritou e desviou o assunto, dizendo que não iria falar nada, mas o questionamento aumentou o mal-estar entre os dois. Bolsonaro não perdoa Zambelli por, na véspera do segundo turno, ter perseguido de arma em punho um homem negro em São Paulo. A avaliação é que a cena afastou eleitores indecisos. (Do G1)
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