Rodrigo Pacheco, a aposta de Kassab

No que depender do presidente do PSD, Gilberto Kassab, o partido já tem um candidato à presidência da República em 2022: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (ainda no DEM-MG), uma espécie de “o forte representante da terceira via”. Ainda não aconteceu a filiação do “candidato” ao PSD, mas já está tudo encaminhado, principalmente depois do jantar da terça-feira passada. A confiança de Kassab no seu candidato é tamanha que chega a dizer que o presidente Bolsonaro corre o risco de sequer disputar a reeleição em 2022. Kassab vê Bolsonaro preocupado apenas com polêmicas que não rendem votos, mas apenas perdas. Kassab aposta tanto no “seu” candidato que acredita que o estilo de Rodrigo Pacheco pode ajudar, caso seja eleito, a pacificar o país.

Sem palanques

A impressão que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, passa é a de que o presidente Jair Bolsonaro é uma espécie de carta fora do baralho, o que ainda é muito cedo para prever. Um dos erros que Kassab aponta em Bolsonaro é o excesso de polêmicas infrutíferas e a ausência de articulações para a formação de palanques para a disputa das eleições.

Forte rejeição

As pesquisas eleitorais deixam claro que a polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já é algo muito forte. Só que Gilberto Kassab (PSD-SP) vê na rejeição dos dois candidatos um espaço para uma alternativa – a terceira via. E mais: Rodrigo Pacheco é visto como a renovação e seriedade.

Bela jogada

Já está sendo vista como uma “bela jogada” do governador de São Paulo, João Doria, a indicação do deputado e ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para ocupar a Secretaria Estadual de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo. A opinião geral é a de que Maia “fará política estratégica” para a campanha de Doria ao Planalto. Doria aposta na competência e no olhar estratégico de Maia.

Relatório paralelo

O Brasil é um país em que tudo pode acontecer. Só para se ter uma ideia, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acomodado em um cargo no Palácio do Planalto e que tantos prejuízos teria causado no combate a pandemia, estaria coordenando uma espécie de relatório paralelo ao da CPI da Covid. Será que teremos surpresas?

Cartão corporativo

O presidente Jair Bolsonaro está se desintegrando nas pesquisas eleitorais, mas lidera em gastos com o “famoso” cartão corporativo. Tanto que de janeiro a agosto os gastos do presidente atingiram a bagatela de R$ 5,8 milhões.

Malafaia atuante

O pastor Silas Malafaia está bem atuante nas redes sociais na defesa do governo e do presidente Jair Bolsonaro. Diz com todas as letras que não tem “medo de ser preso etc”. O pastor chegou a ser indicado em 2017 por lavagem de dinheiro no inquérito da Operação Timóteo sobre o recebimento de um cheque de R$ 100 mil. Negou tudo e disse que tudo estava declarado no seu imposto de renda.

Meio ambiente

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deveria barrar alguns projetos absurdos em relação ao meio ambiente que tramitam na Casa. Qualquer providência contra os exageros do governo em relação ao meio ambiente ajudam o futuro do Brasil.

Sabatina de Aras

Depois de muita pressão, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), marcou para o próximo dia 24 a sabatina de recondução do Procurador-Geral da República, Augusto Aras. Só que deixou guardada a indicação do André Mendonça para uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal.

CNN X Garcia

Algo inusitado aconteceu entre a CNN Brasil e o seu comentarista Alexandre Garcia, que defendeu no quadro Liberdade de Opinião” de que jovens não precisam se vacinar. A emissora procurou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, que contestou a argumentação do jornalista. A fala de Garcia recebeu inúmeras críticas pelas redes sociais.

Carlos Honorato
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