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Ponto Final

31 de janeiro, 2025

Mourão como solução? Voltaram os comentários de que o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, perdeu de vez a paciência com o presidente Jair Bolsonaro, principalmente em função dos movimentos golpistas do 7 de setembro. Mourão sonha em virar presidente se Bolsonaro for afastado. A estrada é longa e talvez nem seja trafegável para o …

Mourão como solução?

Voltaram os comentários de que o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, perdeu de vez a paciência com o presidente Jair Bolsonaro, principalmente em função dos movimentos golpistas do 7 de setembro. Mourão sonha em virar presidente se Bolsonaro for afastado. A estrada é longa e talvez nem seja trafegável para o sonho do general. Só que setores da centro-direita acreditam que o general seria uma “solução caseira” para uma crise institucional. Acredita-se que Bolsonaro estaria tentando provocar uma crise maior para tentar sair como vítima do processo. Só que as análises são de que se o presidente for afastado o seu futuro será catastrófico e até poderia encerrar sua carreira política.

Republiqueta

Pelas redes sociais, o caminhoneiro bolsonarista e foragido Marcos Antônio Pereira Gomes – o tal Zé Trovão, que tem alerta que a partir de hoje, o Senado terá um prazo de 24 horas para analisar pedido de impeachment dos ministros do STF. E aí do Senado se ousar rejeitar. A impressão que se tem é que estamos vivendo numa republiqueta de bananas.

Manifestação cara

Os mais apressados garantem que pelo que foi gasto durante dois meses na preparação do 7 de setembro bolsonaristas, o metro quadrado de manifestante ficou muito caro. Nas redes sociais circula um vídeo em que “manifestantes” recebem R$ 100 reais e uma camiseta verde amarela para anabolizar o espontâneo “exército bolsonarista”.

Recado claro

O presidente Jair Bolsonaro usou as manifestações bolsonaristas de ontem em Brasília e São Paulo para mandar uma mensagem clara: pensa seriamente em um o golpe para governar da forma que deseja. Só tem um problema: o presidente tem força política e popular para cumprir a missão?

Sem recuo

Bolsonarista de primeira hora, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) está convencida de que o presidente Jair Bolsonaro não irá recuar de sua luta, mesmo se o tom da resposta o presidente do STF, Luiz Fux, for duro em relação aos discursos do 7 de setembro.

Conselho da República

Alguns políticos garantem que se o presidente Jair Bolsonaro convocar o Conselho da República para medidas duras contra a democracia será surpreendido com um não.

Bolsonaro XIV

Nos discursos de ontem em Brasília e na avenida Paulista (SP), o presidente Jair Bolsonaro só faltou repetir o Rei da França, Luís XIV, que cunhou a famosa frase “o Estado sou eu”. Pelo entusiasmo do presidente faltou bem pouco.

Festa espontânea

As análises sobre a “grande festa espontânea” do bolsonarismo no 7 de setembro são as mais variadas. Alguns dizem que o movimento teve o apoio financeiro de empresários e que o objetivo não era indicar caminhos para melhorar o governo, mas sim a performance eleitoral do presidente Bolsonaro, que nas últimas pesquisas não iria sequer para o segundo turno. Há quem diga que não conseguiu.

Impeachment

Quem imaginaria que o comportado presidente do PSD, Gilberto Kassab, iria criar uma Comissão de Acompanhamento do Impeachment de Jair Bolsonaro. Os discursos do presidente Jair Bolsonaro no 7 de setembro acenderam a luz amarela dos partidos. Kassab diz que os últimos acontecimentos colocam o presidente entre dois pontos distintos: o impeachment ou a desmoralização.

Fidelidade canina

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), terá uma semana cheia, pois depois dos discursos vistos como “golpistas” de Bolsonaro, vários partidos iniciaram a pressão pelo impeachment do presidente. O que os políticos não conseguem entender é a “fidelidade canina” de Lira ao presidente. Afinal, na gaveta de Lira estão guardados mais de 120 pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

 

Carlos Honorato
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