Bolsonaro conciliador?

Ainda é uma incógnita a nova posição “conciliatória” do presidente Jair Bolsonaro em relação aos demais poderes da República, principalmente com o STF. Apesar das notas de apoio de inúmeros políticos, no reservado ninguém acredita que o presidente passará uma semana respeitando a carta divulgada na quinta-feira. Pelas redes sociais, os chamados “bolsonaristas raiz”, cujo entendimento político é bem difícil, os ataques ao presidente são direitos e de baixo nível. Os caminhoneiros acreditam que teriam sido chamados para uma “revolução” com o poder de fechar o Congresso e até o STF. Um verdadeiro delírio de desavisados e desinformados sobre o funcionamento dos poderes do Brasil. Os militares do governo também não gostaram da forma como o presidente assumiu uma espécie de “rendição”. A tese é a de que Bolsonaro foi “humilhado” publicamente. O certo é esperar para se avaliar os desdobramentos. Afinal de contas, Bolsonaro muda de opinião com muita facilidade, não interessa para qual lado.

Isolamento

O chamado “recuo tático” do presidente em relação aos ataques contra os poderes foi visto com muito ceticismo pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. A tese reinante é que o presidente mudou o tem na tentativa de fugir do isolamento. Independentemente do que pensa o presidente, o STF mostra que continuará com o mesmo comportamento em relação ao governo.

Reponsabilidade

Parece ter saída do radar da mídia o crime de responsabilidade cometido pelo presidente Jair Bolsonaro nos discursos de 7 de setembro em Brasília e São Paulo. Muitos juristas garantem que o tom golpista da fala do presidente cabe uma ação por crime de responsabilidade.

Ficção

A possibilidade de um grande acordo entre o presidente Jair Bolsonaro e o STF para livrar os filhos de investigações parece até o esboço de livro de ficção. “Pode até ocorrer alguma tolerância de lado a lado, mas um acordo aos olhos do país seria a desmoralização de lado a lado”, diz um político da oposição.

Bolsonaro 2022

Apesar de toda confusão em que se meteu no 7 de setembro, pesquisas de controle interno em Goiás e no Tocantins mostram o presidente Jair Bolsonaro liderando a corrida eleitoral para 2022.

Lamentável

Merece um verdadeiro “pêsames” o tal manifesto divulgado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) sobre a atual situação política do Brasil. O presidente da entidade, Paulo Skaf, um bolsonarista envergonhado, é o principal culpado pelo “manifesto” sair fora de hora e desconectado da realidade.

Fusão

Já está na reta final a fusão do DEM, de ACM Neto, com o PSL, que conseguiu se anabolizar na onda Bolsonaro das eleições de 2018. Pelas contas feitas de lado a lado, a bancada do novo partido terá 83 deputados. O sonho dos dirigentes do novo partido é disputar os governos estaduais em 80% dos estados.

Silêncio

O líder foragido dos caminhoneiros, Zé Trovão, estava em silêncio nas redes sociais na manhã desta sexta-feira. Localizado em um hotel no México, o bolsonarista já até havia previsto de que deveria ser preso em breve. Chegou a convocar os motociclistas para se juntarem ao que sobrou da “revolução” fracassada de 7 de setembro.

Safra

Apesar da crise hídrica, inflação subindo e economia fora de controle, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, jura que não, a safra brasileira de grãos deverá chegar a 252,3 milhões de toneladas. A redução em relação à safra passada foi de apenas 1,8%.

Aliança em Goiás

A aliança do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) com o MDB para as eleições de 2022 já está sacramentada. Tanto que depois dos prefeitos do partido, três deputados estaduais formalizaram apoio à aliança com Caiado. Pesquisas internas mostram uma vantagem de mais de 30% de Caiado em relação ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que tenta viabilizar sua candidatura.

Carlos Honorato
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