COLUNAS

Ponto Final

10 de dezembro, 2021

Reeleição difícil O presidente Jair Bolsonaro fechará o ano com uma rejeição indesejável – 54%, segundo o instituto PoderData – para quem sonha com um segundo. Juntando-se a isso a inflação alta e economia fora de controle, o Palácio do Planalto já constatou que se o governo não conseguir baixar a rejeição até a montagem …

Reeleição difícil

O presidente Jair Bolsonaro fechará o ano com uma rejeição indesejável – 54%, segundo o instituto PoderData – para quem sonha com um segundo. Juntando-se a isso a inflação alta e economia fora de controle, o Palácio do Planalto já constatou que se o governo não conseguir baixar a rejeição até a montagem de palanques regionais se tornará uma missão quase que impossível em vários estados. O pior é que Bolsonaro tenta impor alguns aliados com nenhum ou baixo desempenho eleitoral em alguns estados, o que deixa o PL em situação delicada. Segundo alguns marqueteiros, uma rejeição acima de 50% é muito difícil vencer uma eleição contra o ex-presidente Lula que já chega a mais de 40% nas pesquisas.

Modo “hard”

Em meio a situação difícil nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro começa a voltar com o seu discurso “hard”, principalmente atacando o STF, que não rende nenhum voto novo. A ideia é tentar evitar que o ex-juiz Sergio Moro possa fazer um estrago na sua base eleitoral. Na verdade, quem está migrando para Moro é porque já desistiu de Bolsonaro.

Fake news

Ao contrário de 2018, as eleições de 2022 terão uma forte pressão do MPF e TSE contra as fake news. Candidaturas que deitaram e rolaram com mentiras nas redes podem terminar ajudando a cancelar certas candidaturas. Todo cuidado é pouco.

Sem chance

Muitos políticos acreditam que a candidatura do ex-juiz Sergio Moro tende a ficar fraquinha nos próximos meses em função da sua forte rejeição – algo em torno de 61%. Só o presidente Jair Bolsonaro está preocupado com a candidatura do seu ex-ministro da Justiça.

Guerra interna

Apesar dos desmentidos da direção geral e até do ministro da Justiça, a chamada “guerra interna” na PF continua rendendo muito bate-boca. Dizem que já existe uma corrente querendo encontrar uma forma de apaziguar o clima. Em meio a disputa interna, 20 delegados já foram remanejados de funções.

Entusiasmo

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) faz um discurso entusiasta com o lançamento de sua candidatura à Presidência da República. Só que no fundo a senadora sabe que o seu partido não está muito interessado em ter uma candidatura própria, mas apenas estar próximo de quem pode vencer as eleições.

Brincadeira medieva

Sem citar o presidente Jair Bolsonaro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e pré-candidato à Presidência da República fez duras críticas a forma de condução da pandemia pelo governo. Durante um almoço do Lide Brasília, presidido pelo empresário Paulo Octávio, Pacheco disse que “na fase mais crítica da vida nacional, em vez de união, o Brasil experimentou o acirramento de teses antagônicas como se a discussão da doença fosse política”. O senador classificou tal batalha ideológica como “imaturidade política”. E arrematou: “o negacionismo, que era uma tese, virou uma brincadeira macabra medieval”.

Extratos

Pela rede social uma postagem curiosa de um simpatizante do ex-presidente Lula. É que para provar as acusações de roubo contra o candidato do PT o simpatizante pede que se mostre os extratos bancários com toda a dinheirama.

Impostos

A Câmara Legislativa do DF aprovou projeto que amplia o desconto concedido de 5% para 10% sobre o valor do IPTU e do IPVA. Só que para ter o desconto o contribuinte tem que pagar o valor integral da cota única até o vencimento.

Inflação

A inflação do governo de Jair Bolsonaro bateu 10,74% nos últimos 12 meses. O índice supera o patamar de janeiro de 2016 quando chegou a 10,71% durante o governo de Dilma Rousseff.

 

Carlos Honorato
[email protected]

Artigos Relacionados