Reajuste e crise anunciada
O merecidíssimo reajuste do piso dos professores do ensino básico de 33,24% dado pelo presidente Jair Bolsonaro pode inviabilizar muitos municípios e até dificultar a vida de alguns estados. É bom lembrar que o reajuste e o maior desde 2008 e beneficiará algo em torno de 1,7 milhão de professores. E mais: o novo piso de R$ 3.845,63 custará R$ 30 bilhões aos cofres de estados e municípios. Diante de uma crise anunciada, a Frente Nacional de Prefeitos e a Confederação Nacional dos Municípios já ligou o botão de alerta. Muitos economistas estão prevendo o risco de um desequilíbrio fiscal, além da pressão de várias outras categorias por reajustes. A tese de muitos é que o reajuste deveria ter sido negociado para não sufocar estados e municípios. Em meio a discussão uma curiosidade: no DF, o piso já é superior ao valor nacional.
Reajustes estaduais
Assim como o presidente Jair Bolsonaro, os governadores também estão de olho em reajustes para servidores, principalmente em função do ano eleitoral. É preciso lembrar que existem alguns estados que os servidores estão com salários achatados, pois não conseguem reajuste há vários anos. Um dos acenos de reajuste vem da Bahia, onde o governador Rui Costa (PT) concedeu um reajuste de 4% aos servidores.
Aposta
Muitos políticos, tendo como base algumas pesquisas, estão com a seguinte aposta: caso o pré-candidato do Podemos, Sergio Moro, desista de disputar a Presidência da República nas eleições de outubro próximo, o ex-presidente Lula (PT) pode vencer o presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno sem grandes transtornos. O otimismo é tudo.
Vacinação de crianças
Enquanto o Ministério da Saúde se perde em questão menores e com o negacionismo em relação a vacinação de crianças, o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) tenta facilitar as coisas. Tanto que aprovou a recomendação da obrigatoriedade de vacinas para crianças. O CNPG informa que a vacinação é um direito das crianças e um dever dos pais ou responsáveis.
Carta milagrosa
A carta-convite da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ao Brasil está se transformando numa espécie de porção milagrosa. Tem gente no governo, apesar do presidente Jair Bolsonaro não acreditar em tal possibilidade, que acredita que mesmo em ano eleitoral reforma tributária será aprovada. Só para lembrar a possível entrada do Brasil na OCDE poderá demorar anos.
ICMS
Mestres das choradeiras, os governadores alertam que a proposta do presidente Jair Bolsonaro de congelar na PEC dos combustíveis deve prejudicar em muito a situação financeira dos estados. É bom lembrar que o Confaz só congelou o ICMS dos combustíveis até o próximo dia 31 de março.
PEC
O presidente Jair Bolsonaro deu sinal de que não quer mais debater a tal PEC milagrosa para reduzir o preços dos combustíveis e da energia elétrica da forma que está colocada. O presidente discorda da forma como está sendo debatido o tal fundo de estabilização de preços.
Pernambuco
O deputado federal Danilo Cabral deverá ser o candidato do PSB ao governo de Pernambuco e terá o apoio do PT. O curioso é que o senador petista Humberto Costa ainda não retirou a candidatura. Mesmo assim, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, deve anunciar a candidatura na próxima semana.
Oposição tucana
Mesmo sabendo que historicamente o MDB não apoia candidato sem chance de vencer eleição, o governador de São Paulo, João Doria, tem tentado atrair a senadora Simone Tebet – pré-candidata do MDB – para ser sua vice na aventura eleitoral tucana. A oposição a Doria trabalha para o MDB manter a candidatura da senadora.
Tempo de TV
Em tempo de eleição o tempo de TV é algo muito valioso. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu o tempo que os partidos terão no primeiro semeste. Onze partidos – DEM, MDB, PDT, PL, PP, PSB, PSD, PSDB, PSL, PT e Republicanos – terão mais tempo. Cada um terá 20 minutos e 40 inserções nos meios de comunicação – rádio e TV.
Carlos Honorato
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