Carlos Honorato [email protected]
Ponto Final
1 de fevereiro, 2025Auxílio não faz milagre O governo de Jair Bolsonaro (PL) achou que o Auxílio Brasil fosse uma espécie de nova “pomada da China” para anabolizar a popularidade do presidente. As pesquisas eleitorais mostram que a história não é bem assim. Tanto que a mais recente pesquisa Datafolha mostra o ex-presidente Lula (PT) com 21 pontos …
Auxílio não faz milagre
O governo de Jair Bolsonaro (PL) achou que o Auxílio Brasil fosse uma espécie de nova “pomada da China” para anabolizar a popularidade do presidente. As pesquisas eleitorais mostram que a história não é bem assim. Tanto que a mais recente pesquisa Datafolha mostra o ex-presidente Lula (PT) com 21 pontos à frente de um Bolsonaro batendo cabeça com suas táticas eleitorais antigas e ultrapassadas. Alguns dizem que a estratégia não funcionou em função da inflação ter corroído parte do poder de compra do Auxílio Brasil. Parlamentares do Centrão já falam abertamente que já é hora de mudar a estratégia da campanha ou se corre o risco de começar a ver a derrota pelo retrovisor.
Cobranças
A única unanimidade no conselho político do presidente Jair Bolsonaro é a de colocar a primeira-dama Michele na campanha para tentar reduzir a rejeição no campo feminino. Michele terá um tempo generoso na TV. Bolsonaro começa a ser cobrado para fazer um discurso mais forte contra os problemas da economia, uma missão quase impossível para apenas quatro meses das eleições. Já outros preferem a pauta de costumes.
Debates
Os mais apressados garantem que o presidente Jair Bolsonaro já começou a campanha para fugir dos debates. Só que o ex-presidente Lula (PT) também dá sinais de que não irá a todos os debates. No caso de Bolsonaro será necessário um bom treinamento. O presidente não gosta de ser questionado e se perde totalmente em temas delicados. Haja treino…
Amadorismo
O presidente Jair Bolsonaro é adversário dele mesmo. A questão do reajuste ao funcionalismo é uma prova de que cria problemas para o governo o tempo todo. Tanto que teve a “brilhante” ideia de conceder um reajuste de 5% ao funcionalismo em geral. Resultado: não agradou a ninguém.
Tragédias anunciadas
Já está na hora do governo atual e ou o próximo começarem a elaborar programas sociais para cuidar da população de cerca de 9,5 milhões de brasileiros que sobrevivem em áreas de risco. A cada tragédia o ritual é o mesmo: autoridades sobrevoam o local, atacam o governador de plantão, liberam verbas insuficientes para resolver o problema e pronto. Até o momento, só São Pedro escapou dos ataques.
Indicação e condenação
Com o voo do tucano Izalci Lucas a condição de candidato da federação PSDB e Cidadania ao GDF, a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania) ficará obrigada a compor a chapa com o senador tucano. Em meio à disputa política, o senador foi condenado pela Justiça do DF a quatro anos, quatro meses de prisão e multa por peculato. O caso deve ir para a Justiça Eleitoral.
Sem decisão
O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), sabe que tem grandes chances de ser o deputado federal mais votado em Goiás nas eleições de outubro. Talvez seja o motivo de estar retardando a decisão de uma futura candidatura ao governo goiano.
Moro “prisioneiro”
O ex-juiz Sergio Moro virou uma espécie de “prisioneiro” dentro do União Brasil. Tentou ser candidato à Presidência da República, mas o partido proibiu. Agora tenta ser candidato ao Senado – uma disputa difícil – e alas do partido são contrárias à pretensão de Moro.
Bolsonaristas do União
O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, lançou sua candidatura à Presidência da República, mas sem muitas perspectivas futuras. O motivo é bem simples: candidatos a governos e deputados federais estão mais interessados em se aliar ao presidente Jair Bolsonaro do que a Bivar.
Simone e o PSDB
O sonho da candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, é voltar de Porto Alegre, onde desembarca amanhã, com algum indicativo de que o PSDB irá apoiá-la. Tebet também precisa convencer o MDB gaúcho a aceitar uma aliança com o PSDB. A estrada da candidata parece muito congestionada de problemas políticos.