COLUNAS

Ponto Final

Corrida por voto

Como se fosse um novo personagem na política brasileira – bem calmo -, o presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a corrida pelo segundo turno tentando ampliar seus apoios na região Sudeste, que tem 42% do eleitorado brasileiro. O presidente fez um verdadeiro desfile de vitoriosos no Palácio do Planalto – Romeu Zema (MG) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro) numa tentativa de mostrar força para o segundo turno. Apesar da festa, Bolsonaro sabe que perdeu o primeiro turno para Lula, que teve uma votação de 48,43%, o equivalente a 57.259.504. Já Bolsonaro teve 43,2%, o que representa 51.072.345 votos. Lula já conseguiu o apoio do PDT e espera Simone Tebet (MDB) e os fracionados votos do seu partido, o MDB, que parte já debandou para Bolsonaro. O certo é que fazendo as contas, Bolsonaro tem um longo caminho a percorrer e Lula precisa tentar manter os votos que conquistou no primeiro turno. Sem matemática criativa não existem favoritos para o segundo turno dia 30 de outubro.

Realidade

A demonstração de força do presidente Jair Bolsonaro (PL) na recepção aos os aliados eleitos, que prometem formar um “grande exército” na busca pela vitória no segundo turno, mexeu nos brios de muitos petistas. Tanto que alguns que estavam de “salto alto” já retornaram ao trabalho eleitoral prometendo “fazer tudo pela vitória”.

Apoio e votos

Todo mundo sabe que Jair Bolsonaro adora uma foto para mostrar força ao seu eleitorado já cativo. As imagens dos governadores reeleitos Romeu Zema (Minas Gerais), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) demonstram força, mas será que garantem mais votos ao presidente. As próximas pesquisas devem mostrar ou não se o apoio dos governadores irão ou não impactar no crescimento dos votos do presidente.

Celebridades

Com o crescimento de Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno, alguns bolsonaristas estão entusiasmados para o segundo turno e até brincam com os petistas: “celebridades arrumam alguns votos, mas não tem força para ganhar uma eleição”. Detalhe: Bolsonaro ficou em segundo lugar com uma diferença de mais de 6 milhões de votos.

Bolsonarismo

Queiram ou não, o resultado do primeiro turno das eleições mostrou um crescimento do bolsonarismo no Brasil, apesar da vitória de Lula (PT) no primeiro turno. Tal fato faz aumentar a temperatura para os que acreditam que existe um “golpe” a caminho, mas só que via Congresso e não pelas armas.

Esnobado

O candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vai para o segundo turno contra o petista Fernando Haddad, recebeu apoio do derrotado governador tucano de São Paulo, Rodrigo Garcia. Só que Freitas já esnobou o governador e chegou a dizer que não precisa dele no seu palanque. Muitos estão vendo como uma “tentativa desesperada” do governador de se inserir em algum lugar no novo governo. Garcia virou tucano desde criancinha.

Freire x Garcia

Pela rede social o presidente do Cidadania, Roberto Freire, disse que o tucano governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, não respeito o PSDB e se entregou ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Chegou a sugerir que os social-democratas tucanos deveriam convidá-lo a deixar o partido.

Vigilante

Eleito para o quinto mandato, o deputado Chico Vigilante (PT) é visto pelos seus aliados e eleitores como uma espécie de “concursado da Câmara Legislativa do DF”. É bom lembrar que em 2018, Vigilante teve 20.975 votos. E no dia 2 mais que duplicou sua votação com 43.854 votos.

Clã Roriz

Eleito deputado distrital com 21.057 votos, Joaquim Roriz Neto (PL) será o representante do clã do ex-governador na Câmara Legislativa. Neto chegou a disputar as eleições de 2014 e 2018 em busca de uma vaga para a Câmara dos Deputados, mas não teve sucesso. Com muita disposição, Neto diz que fará tudo para ajudar a dar continuidade ao legado do avô, o ex-governador Joaquim Roriz.

Vitória na raça

A grande guerreira em defesa da região do Entorno do DF, a ex-prefeita de Valparaíso, Lêda Borges, é a mais nova deputada federal eleita por Goiás. É o que se pode chamar de uma “vitória na raça”, pois teve poucos recursos e não contou com apoio dos poderosos da região.

Carlos Honorato
[email protected]