COLUNAS

PONTO FINAL

Ação patética

Político experiente, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sabe que sua ação contra as eleições pela metade, preservando sua grande bancada eleita no primeiro turno, tem uma taxa de sucesso bem próxima de zero. É uma operação típica de político de “baixo clero” bem ao estilo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o maior interessado. O curioso é que Valdemar teria sido alertado para tal fato e até concordou. Só que preferiu atender aos pedidos do presidente derrotado. O questionamento só de um turno chega a ser patético. É justamente neste equívoco providencial que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes (foto), pode se basear para negar o esdrúxulo questionamento sobre o resultado das eleições. Tanto que Moraes deu um prazo de 24 horas para o PL apresentar auditoria com os dois turnos da eleição.

União em SP

Muita gente olhando de lado para o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tudo em função da sinalização de que abrigará bolsonaristas, evangélicos e indicações do PSD. Como Jair Bolsonaro não se elegeu, Tarcísio terá até certa liberdade para tocar o seu governo a sua maneira. Mas os aliados já apostam de que o governador fará sucesso.

Agronegócio

Deputados da Assembleia Legislativa de Goiás tentam votar hoje em segundo turno o projeto do governador Ronaldo Caiado (UB) que taxa o Agronegócio goiano. Os produtores rurais vandalizaram a Alego na terça-feira e impediram a votação do projeto.

Defesa

Dois nomes fortes na disputa pelo Ministério da Defesa: o futuro ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, e o economista e filho de general do Exército, Aloizio Mercadante. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já conversou sobre o assunto com Lewandowski. Fala-se até na possibilidade de uma embaixada na Europa. Já Mercadante é visto como uma espécie de coringa para Lula.

Evangélicos e Lira

Enquanto setores do PT trabalham para dificultar a reeleição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) (foto), os ventos estão ajudando o alagoano. Tanto que acaba de receber uma sinalização de apoio da Frente Parlamentar Evangélica, que tem um “exército” de mais de 200 parlamentares, além de alguns partidos.

Sustos

O gigantesco gabinete de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) todos os dias se assusta com as informações descobertas sobre o governo de Jair Bolsonaro. O pior é que muitos já foram alertados que ainda falta aparecer muitos possíveis escândalos praticados pelo atual governo.

Social

Cresce a cada dia a chance da senadora Simone Tebet (MDB-MS) ocupar o Ministério do Desenvolvimento Social do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já se fala que Tebet deverá ganhar grande visibilidade para a próxima eleição, pois cuidará do forte programa Bolsa Família.

Zanin forte

O advogado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin Martins (foto), é visto como um nome certo no governo. Apesar de cotado para uma vaga no STF. Zanin poderá ficar um tempo na Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ), no Palácio do Planalto. Uma coisa é certa: estará em algum cargo no governo de Lula.

Superávit

Apesar de muita gente no gabinete de transição falar em rombos estratosféricos do governo de Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avisa em alto e bom som que não existe “herança maldita” e que o governo deixará um superávit do setor público.

Centrão em ação

O Centrão está em ação com uma missão bem objetiva: desbloquear a grana do pagamento das emendas parlamentares. “Até o momento a ideia é tentar liberar algo em torno de R$ 17 bilhões usando uma tática em que o grupo age com profissionalismo: manobras fiscais”.

Bolsonarismo

Já faz quase 30 dias que os bolsonaristas bloqueiam estradas e mantém vigília em frente a unidades do Exército em vários lugares do país. Até o momento, poucas autoridades de plantão fizeram alguma coisa contra o chamado “movimento golpista”. Só o STF que tenta identificar e desativar os financiadores do movimento ilegal.

Carlos Honorato
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