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PONTO FINAL

23 de janeiro, 2023

A tragédia Yanomami A questão da crise sanitária vivida pelos índios Yanomami em função da equivocada política indigenista do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro é […]

PONTO FINAL
Yanomami - Foto Reprodução URIHI

A tragédia Yanomami

A questão da crise sanitária vivida pelos índios Yanomami em função da equivocada política indigenista do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro é uma das mais graves já vividas nos últimos anos. O portal Intercept Brasil publicou que o governo Bolsonaro ignorou 21 ofícios com pedidos de ajuda aos Yanomami. Aliado a tudo isso, Funai, Exército, Polícia Federal e Ministério Público Federal receberam dezenas de relatos de ataques de garimpeiros e pedidos de reforço na segurança. A impressão é que tudo foi solenemente ignorado. O PT entrou com uma ação junto ao MPF pedindo uma ampla investigação da tragédia Yanomami. Espera-se que o caso seja investigado com rapidez. Do outro lado, o presidente Lula já visitou os Yanomamis e deu os primeiros passos para salvar os indígenas.

Recado militar

Em meio aos debates da politização das Forças Armadas, graças ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Juarez Cunha usou sua conta na rede social para dar o seguinte recado: “Amigos militares! Hora de reajustar o dispositivo e recompor as forças. Disciplina é o nosso farol, a Constituição o guia, o respeito aos nossos chefes garantem o êxito na missão. Somos instituição de Estado, não partidária, não sujeita às turbulências da política partidária”.

Enquadrando

Depois de uma confusa entrevista em que considerou péssima a demissão do ministro do Exército, general Júlio César de Arruda, o general eleito senador Hamilton Mourão recebeu uma enquadrada do ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa. Sugeriu que o general assuma seu mandato e aprenda “alguns rudimentos da democracia”. E arrematou: “Não subestime a inteligência dos Brasileiros”.

Candidato

O jornalista e interventor da Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli, já é visto como futuro candidato a deputado. Tal fato teria a benção do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Eleição

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é o favorito na corrida pela reeleição. Do outro lado está o novo senador bolsonarista Rogério Marinho, que teria poucas chances para alguns e até visto como “forte candidato” por outros. O certo é que será o primeiro embate entre governo e oposição.

Dever

Ao contrário do que acham alguns desavisados e desinformados, o presidente Lula (PT) não quer uma “guerra” com os militares. O desejo maior é que as Forças Armadas cumpram o seu dever constitucional. Parece que não é pedir muito.

Conselho de Ética

Pelos tristes acontecimentos do dia 8 de janeiro, em Brasília, é possível que o Conselho de Ética da Câmara fique abarrotado de trabalho. Isto caso alguns parlamentares que participaram de atos golpistas sejam denunciados e não sejam protegidos pelos seus partidos.

Moro ataca

O senador eleito Sergio Moro (UB) ataca novamente pela rede social e diz: “Propor moeda comum com a Argentina é cortina de fumaça para a inexistência, até o momento, de qualquer projeto substancial para a economia brasileira e ilustra que o Governo do PT segue sem rumo”. Sem comentários.

Nada a esconder

Sem ter nada o que esconder o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), entrega hoje a Polícia Federal o seu telefone celular. O gesto é uma forma de “mostrar sua irrestrita colaboração com as investigações” dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro.

Igreja Mundial

O pastor Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial, não polpa seus fiéis e pede R$ 10 milhões a fiéis para quitar dívidas da TV Mundial. Ele está pedindo que todos os integrantes da igreja se unam para uma missão: pagar R$ 10 milhões das despesas com programas de TV da igreja até o próximo dia 31 de janeiro. Ano passado aconteceu à mesma coisa.

Goiânia ou Aparecida

Derrotado nas eleições do ano passado, o Delegado Waldir (União Brasil) pode tentar disputar a prefeitura de Goiânia ou de Aparecida de Goiânia em 2024. Políticos de Goiânia não acreditam no potencial de votos do futuro ex-deputado para qualquer das disputas.

 

Carlos Honorato
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