COLUNAS

PONTO FINAL

Escândalo e retorno

Muitos políticos – situação e oposição – apostando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser “forçado” a retornar ao Brasil em função das investigações do caso das joias no valor de R$ 16,5 bilhões dadas pelo governo da Arábia Saudita a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro. A denúncia feita pelo Estadão ganhou repercussão até internacional e já incomoda o clã Bolsonaro. Até agora todas as explicações dadas não surtiram qualquer efeito e a repercussão só aumenta. A esperança de alguns bolsonaristas é que o caso “saia da pauta” da imprensa, mas as investigações da Receita e da Polícia Federal poderão trazer mais revelações bombásticas e dores da cabeça para o ex-presidente.

Cargos federais

Apesar de terem apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alguns deputados dão sinais de apoio ao Palácio do Planalto de olho nos cargos federais nos estados. A negociação não é fácil e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, terá muito trabalho nas negociações.

Michelle forte

Já existem correntes dentro do PL que acreditam que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) passará ser uma forte liderança nas eleições municipais. A aposta é pelo fato de que o ex-presidente corre o risco de ficar inelegível, o que iria fortalecer Michelle. Aliados “raiz” de Bolsonaro não gostam da ideia, claro.

Afinado

Vozes poderosas do petismo já começam a ter dúvidas sobre a permanência do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, no governo Lula (PT). O curioso é que o ministro tem dado sinais de tranquilidade e de estar muito afinado com o presidente.

PIB maior

O presidente Lula (PT) estaria disposto a mobilizar todos os ministérios em torno de projetos com maior impacto sobre o PIB. A informação foi divulgada pelo Relatório Reservado, uma newsletter diária com notícias sobre negócios, economia e política. Segundo a publicação, Lula vai perseguir um aumento do PIB em 2023 superior ao 2,9% obtido pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Lava-Jato

Se depender da bancada do PT, o ex-juiz Sergio Moro (UB) e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) vão ser acusados pela criminalização da política via Operação Lava-Jato e linha auxiliar da eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Perdido

Sem rumo para recuperar seu desempenho do passado quando tinha grandes nomes, o PSDB continua em busca de uma identidade. Por hora a ideia é tentar negociar uma federação com o Cidadania e o MDB, o que muita gente acredita que não vai rolar.

Desmatamento

O governo Lula (PT) vai ter muito trabalho para conter o desmatamento da Amazônia. Segundo o Instituto de Pesquisas Especiais (Inpe), o acumulado de alertas de desmatamento em fevereiro último foi de 291 km². É o maior desde 2015. Só para se ter uma ideia, o número é equivalente à cidade de João Pessoa (PB).

Reaproximação

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), faz movimentos para uma reaproximação com o vice-governador de Goiás, Daniel Vilella, e do governador Ronaldo Caiado, a quem sempre demonstrou respeito. Já se fala que é possível até um encontro entre os três. A ideia é reativar as amizades e conversar sobre o futuro político.

Entorno

Depois de quatro anos de atraso, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), resolveu nomear uma pessoa para a Secretaria Estadual do Entorno de Brasília. Trata-se da técnica Maria Caroline Fleury, indicação da ex-deputada federal Flávia Arruda (sem partido). Ela tomou posse na sexta-feira. O detalhe é que Caiado não conseguiu consenso entre prefeitos da região para indicação de um nome técnico, mas teve o apoio da maioria.

Carlos Honorato
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