COLUNAS

Ponto Final

23 de novembro, 2024 | Por: Carlos Honorato

Dificuldades de Bolsonaro

Inelegível, indiciado pela Polícia Federal em um plano de golpe de Estado e com o tal projeto da anistia cada vez mais distante, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está mais distante de qualquer projeto político pessoal para 2026

Só que bolsonaristas garantem que a franquia continua firme e forte. A perspectiva real, caso não seja preso, é a de cabo eleitoral. Políticos e caciques da direita já apontam para a urgência de se encontrar um nome para as eleições de 2026. Apesar de Bolsonaro ainda não ter sido condenado, o indiciamento pela PF praticamente o deixa como uma carga muito pesada para a direita carregar. O dado concreto é que o indiciamento e suas consequências podem ajudar em muito os governadores de direita com quem a relação não anda tão em alta.

Otimismo

Alguns analistas acreditam que a PGR só deverá se pronunciar sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal num prazo de 30 dias ou mais. Já no caso de julgamento pelo STF só deverá ocorrer entre junho e julho de 2025. Há quem diga que é muito otimismo com a rapidez do STF. Aguardemos…

Flávio em alta

Com as dificuldades de Jair Bolsonaro ser candidato em 2026, o debate agora é saber qual dos filhos poderia “assumir” uma nova missão. Dos três filhos – Flávio, Eduardo e Carlos – o senador Flávio Bolsonaro é o preferido pelo seu jeito moderado. Não é a primeira vez que o nome de Flávio aparece como favorito na impossibilidade de Bolsonaro ser candidato.

Anistia

Meio desesperados, Bolsonaristas já trabalham para evitar o sepultamento da anistia dos envolvidos com o 8 de janeiro, que em outro momento tentariam liberar Jair Bolsonaro para a disputa eleitoral de 2026. Um verdadeiro “sonho impossível” para alguns parlamentares depois do indiciamento do ex-presidente pela Polícia Federal por envolvimento com a tentativa de golpe..

“Porcaria”

Para o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o relatório da Polícia Federal indiciando seu pai e outras 36 pessoas é uma “porcaria”. Claro que o parlamentar faz política e defende o pai Jair, mas se chegar a ler o documento deverá tomar mais cuidado com as suas futuras avaliações.

Em campanha?

Políticos da oposição já apostam que o presidente do Banco Central, o carioca Roberto Campos Neto, 55 anos, já estaria ensaiando uma possível candidatura nas eleições de 2026. As suspeitas giram em torno de que Campos Neto vem dando opiniões sobre “quase tudo” nos últimos meses. Coisa de candidato.

PT

No próximo mês de dezembro, o PT fará um congresso para começar discutir a escolha do novo presidente. O presidente Lula (PT) torce para o que a escolha recaia sobre Edinho Silva, que não conseguiu eleger sua sucessora na prefeitura da cidade de Araraquara (SP), Eliana Honain (PT). Alguns petistas também lembram o nome de José Dirceu, que pode disputar uma vaga na Câmara em 2026.

Sucessão

Passada a escolha do novo presidente do PT, o partido deverá discutir a reeleição do presidente Lula. Dentro do partido o nome de Lula é o favorito. Caso Lula não queira disputar, um nome já surge como forte: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Marçal candidato

Apesar de ser considerado despreparado por alguns políticos, o coach goiano Pablo Marçal avisa em suas redes sociais que pretende ser candidato a presidente em 2026. Tal candidatura pode até dividir a direita, caso ela se confirme. Marçal está tentando encontrar um partido que possa bancar sua sonhada candidatura.

Cidadão

O ministro do STF, Gilmar Mendes, receberá o título de Cidadão Honorário de Brasília no próximo dia 2 de dezembro, às 10 horas, no plenário da Câmara Legislativa. O vice-presidente da CLDF, Ricardo Vale, diz que a honraria é um reconhecimento pela contribuição do ministro ao país e a capital federal.

Lêda no UB

Sem apoio dentro do PSDB, que a cada ano fica menor, a deputada federal Lêda Borges vai desembarcar no União Brasil do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. A ideia é esperar a janela partidária e tentar a reeleição pela nova legenda nas eleições de 2026.

 
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