Ponto Final
Hora de mudar
O presidente Lula diz que é muito cedo para fazer pesquisa sobre 2026 e para avaliar um governo que ainda tem quase dois anos no poder.
União de forças Ao contrário do que algumas publicações apostaram, a chegada do senador Ciro Nogueira a Casa Civil não retira os poderes da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Os dois são amigos de longa data. Na conversa que tiveram ontem o que se pode prever é que ficou demonstrado que a ordem …
Ao contrário do que algumas publicações apostaram, a chegada do senador Ciro Nogueira a Casa Civil não retira os poderes da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Os dois são amigos de longa data. Na conversa que tiveram ontem o que se pode prever é que ficou demonstrado que a ordem é unir forças e não dividir. Tanto que a previsão é a de que se formou um trio político bem articulado dentro do governo de Jair Bolsonaro integrado por Ciro, Flávia e o também ministro Fábio Faria (Comunicações). É a vitória da política e de uma visão democrática de articulação com o Congresso para ajudar no processo de governabilidade. Vale lembrar que a Casa Civil sempre exerceu naturalmente uma liderança sobre os demais ministérios, inclusive Segov e Secom.
Caso tudo aconteça como imagina o presidente Jair Bolsonaro, a Casa Civil com Ciro Nogueira será fundamental para a organização da campanha da reeleição. Tanto que ao levar o “Centrão” para dentro do palácio o presidente tenta isolar as articulações contra o impeachment e os efeitos da CPI da Covid, além de facilitar as articulações políticas com o Congresso.
Uma coisa alguns políticos começam a comentar: o presidente Jair Bolsonaro está começando a entender que os “generais” não funcionam muito bem em termos de política e campanha eleitoral. “Os generais funcionam muito bem na organização, mas não no jogo político. Não é a praia deles”, diz um parlamentar governista.
A chegada de Ciro Nogueira na Casa Civil tem uma explicação dada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro: a dificuldade de articulação do general Luiz Eduardo Ramos. Exageros à parte, o próprio presidente com suas declarações “fora de hora” também contribui muito para dificultar qualquer conversa ou negociação política.
O ministro da Defesa, general Braga Netto, é outro que vem se atrapalhando com as palavras quando o assunto é ter “sensibilidade política”. Tanto que o ministro Gilmar Mendes acaba de enviar para a Procuradoria Geral da República (PGR) vários pedidos de investigação contra o ministro. Algumas em relação as negadas ameaças às eleições de 2022.
A exemplo de vários outros políticos atuantes na política brasileira, o novo ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI) não foge à regra. Ele também tem processos no STF. Alguns inquéritos apuram suspeitas de atos de corrupção. Algumas ações são da Operação Lava-jato e foram baseadas em delações premiadas.
O ex-presidente Lula não gostou dos pedidos de que ele seja candidato a vice, a exemplo do que aconteceu na Argentina. Pela rede social, Lula disparou: “Quem tá pedindo pra eu ser candidato a vice deveria se lançar candidato a presidente… Quem quiser evitar polarização se candidate”.
O habilidoso presidente do PSC, pastor Everaldo, tem se dedicado a uma missão difícil: tentar se reaproximar do presidente Jair Bolsonaro. Só para lembrar, o pastor é o “pai” da candidatura e eleição de Wilson Witzel como governador do Rio nas eleições de 2018.
Uma estranha brincadeira que se faz é a de que as “pequenas igrejas são grandes negócios”. Só que tal coisa pode se transformar realidade se a Câmara aprovar um projeto em que os bancos oficiais possam abrir linhas de créditos para as igrejas.
O ex-deputado distrital e presidente da Câmara Legislativa do DF, Alírio Neto, deverá ser mesmo candidato a deputado distrital nas próximas eleições. Só que vai esperar as novas regras para as próximas eleições. E arremata: “não se pode decidir para qual partido ir sem antes saber quais serão as novas regras eleitorais”.
Carlos Honorato [email protected]
O presidente Lula diz que é muito cedo para fazer pesquisa sobre 2026 e para avaliar um governo que ainda tem quase dois anos no poder.
No Distrito Federal, o número de trabalhadores ocupados cresceu 4,6% entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, o que representa um acréscimo de 65 mil postos de trabalho. A taxa de desemprego caiu de 15,5% para 14,6% no mesmo período.
O GDF arrecadou R$ 1,7 bilhão a mais aos cofres públicos em ICMS no ano de 2024, em relação ao ano anterior.
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…