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Daron Acemoglu e James A. Robinson destacam papel das instituições para desenvolvimento inclusivo e minimizam teorias deterministas
Por que algumas nações são ricas e prósperas e outras são pobres, permanecendo em situação de extrema pobreza ou subdesenvolvimento? Talvez você já se tenha feito esta pergunta alguma vez. Este foi o questionamento que os economistas Daron Acemoglu e James A. Robinson buscaram responder no livro “Por que as nações fracassam: As origens do poder, da prosperidade e da pobreza”. Acemoglu e Robinson foram dois dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia este ano.
Daron Acemoglu é professor de economia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e James A. Robinson é professor de ciência política da Universidade de Chicago. O livro lançado por eles em 2012 se tornou best-seller do The New York Times e do Wall Street Journal.
As contribuições trazidas pelo título respaldam, em grande parte, a decisão da Academia Real Sueca de Ciências de premiá-los, ao lado de Simon Johnson, com o Nobel. Johnson também realizou pesquisas que analisam as diferenças de prosperidade entre os países, inclusive com obra escrita junto com Acemoglu lançada este ano. Mas por que o livro em questão é tão importante? Entenda:
O livro “Por Que as Nações Fracassam” (“Why Nations Fail”, no original em inglês) é considerado um marco nos estudos de desenvolvimento econômico ao trazer contribuições relevantes para a área da economia política contemporânea. Isso porque trouxe uma nova perspectiva para se pensar o que determina o sucesso ou fracasso econômico de um país.
A obra dos economistas ganhou relevância na academia porque se afasta de explicações consideradas “deterministas” para explicar o desenvolvimento das nações. Teorias mais tradicionais atribuíam o sucesso econômico a fatores geográficos, por exemplo, como acesso a recursos naturais e condições climáticas que favorecem a agricultura.
Outras teses, como as culturais, defendem que certos comportamentos seriam mais favoráveis ao desenvolvimento, como o trabalho árduo, a educação e a ética empresarial. Acemoglu e Robinson não descartam a relevância dessas outras teorias, mas as consideram insuficientes para explicar por quê alguns país são bem mais desenvolvidos que outros.
No caso dos fatores geográficos, os economistas entendem que esses aspectos podem ter impacto inicial no desenvolvimento, mas argumentam que não explicam as disparidades de longo prazo.
A tese do livro é que as instituições políticas e econômicas ocupam papel central no processo de desenvolvimento das nações. Nesse sentido, os países bem-sucedidos são aqueles que construíram instituições “inclusivas” que criam um ciclo virtuoso e os colocam em um caminho de prosperidade a longo prazo.
Suas práticas prejudicam as relações econômicas “extrativas”, como a servidão e escravidão, que são justamente observadas em países que fracassaram e que construíram instituições “extrativistas”. Estas foram projetadas para manter os poderosos no controle e fornecerem ganhos de curto prazo para aqueles no poder, o que perpetua um ciclo de atraso e mina o crescimento econômico.
Enquanto as instituições inclusivas garantem uma participação mais ampla da população na economia e na política e levam o país à prosperidade, as extrativistas são projetadas para que a maioria da população seja explorada para extrair renda e riqueza e beneficie uma minoria dominante. Assim, as nações fracassadas acabam sufocando o desenvolvimento econômico do país em favor dos interesses da elite.
Para sustentar a tese, o livro cita exemplos que vão desde a colonização da América Latina até o declínio da União Soviética, passando pela comparação entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.
A obra é considerada relevante para a economia política contemporânea e tem importância entre os formuladores de políticas públicas.
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