Em meio a rumores de saída, Jorge Jesus analisa situação de Neymar no Al-Hilal: ‘Não está fácil’
17 de janeiro, 2025Neymar tem apenas sete partidas disputadas pelo Al-Hilal, e 421 minutos em campo
Quinteto Flamengo, Atlético-MG, Cruzeiro, Fortaleza e São Paulo faz período de treino e amistosos na Flórida
O Estado da Flórida possui a maior comunidade de brasileiros nos EUA: 590 mil. Sem contar a concentração de outros latinos, o que faz com que o interesse pelo futebol por lá seja maior do que a média do país. Para completar, seu inverno não é rigoroso, como ocorre em outras regiões americanas. Perfeito, então, para os times do Brasil fazerem viagens de pré-temporada, certo? Não é bem assim.
A ida ao país para a realização de treinos e amistosos — como fazem, neste momento, Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo, Fortaleza e São Paulo — divide opiniões. Há quem a defenda pelos mais diversos aspectos: clima, integração do elenco, oportunidade de negócios e de explorar a relação com patrocinadores e torcedores. Mas nem todos pensam desta maneira.
— É só para dirigente passear na Disney — disparou a presidente do Palmeiras Leila Pereira no começo da semana. — Nem sou convidada porque eles sabem disso. Não tem ganho financeiro. Esportivamente também não.
O quinteto brasileiro nos EUA repete o recorde registrado em 2017 e sinaliza um reaquecimento deste movimento. Mas, afinal, vale a pena?
A dirigente palmeirense não está sozinha em sua rejeição. O Santos havia acertado a participação no evento Orlando Cup, o mesmo do qual o Fortaleza faz parte. Mas a comissão técnica do novo técnico Pedro Caixinha não viu a ideia com bons olhos. Além disso, a falta de transmissão para o Brasil e a substituição do colombiano Atletico Nacional pelo Miami United frustraram a diretoria santista, que comunicou sua desistência.
Em meados de 2024, o Corinthians também estudava a possibilidade de fazer a pré-temporada nos EUA. Mas, no fim do ano, entendeu que, diante de um período de preparação tão curto no calendário 2025, valia mais a pena permanecer no CT Joaquim Grava.
— É muito mais produtivo ficar no seu CT — reafirmou Leila Pereira à Cazé TV. — O Palmeiras tem um dos mais modernos do mundo. Por que vou tirar o meu jogador daqui e levar para outro lugar?
O técnico Abel Braga já participou duas vezes da Florida Cup (hoje rebatizada para FC Series). Em 2018, no comando do Fluminense. No ano seguinte, com o Flamengo. Ele destaca como pontos positivos a temperatura (o frio permite treinos mais intensos e melhora o sistema cardiovascular) e o contato mais próximo dos jogadores entre si e com a comissão.
Em compensação, o grupo já inicia o ano com uma viagem cansativa. Além disso, por melhor que seja a estrutura oferecida, não supera as instalações do próprio CT no Brasil, já moldadas para as demandas do time.
— Óbvio que você não tem lá as condições que teria em casa. (No seu CT) Qualquer situação adversa é resolvida imediatamente. E isso se perde (na viagem) — contou ao Globo.
Financeiramente também há prós e contras. Os organizadores fazem acordos separados com os clubes. O Flamengo, por exemplo, terá que arcar com logística e hospedagem. A única receita será a divisão da bilheteria do amistoso com o São Paulo, domingo. Já o tricolor paulista terá seus gastos pagos. Mesma situação do Fortaleza na Orlando Cup.
Para a nova gestão rubro-negra, o compromisso veio como uma obrigação deixada pela anterior. O clube se dá por satisfeito se não tiver prejuízo. Mas outros têm expectativas maiores. Tanto São Paulo quanto Fortaleza fecharam ativações de marketing exclusivas da viagem.
— Não viemos a passeio. São reuniões de negócios, eventos de patrocinadores, workshops internos e visitas de torcedores — explica Marcelo Paz, CEO do Fortaleza. — O clube está tendo ganhos financeiros também através de pacotes de viagem e de patrocínios. No roteiro há ativações da marca, eventos com a mídia, entrevistas.
Especialistas em marketing esportivo ouvidos pelo Globo concordam que estas viagens são um bom palco para ativações e relacionamento com torcedores. Mas rejeitam que elas proporcionem a internacionalização da marca, termo comumente usado pelos clubes.
— A forma mais correta é focar nos jogos transmitidos fora do país. Qualquer outra ação se torna complementar — opina Renê Salviano, CEO da agência Heatmap.
Neste sentido, o futebol brasileiro ainda patina. O Brasileirão 2024 só teve os direitos internacionais comercializados dias antes da estreia. Ainda assim, nem todos os clubes fizeram acordo, o que deixou alguns jogos “no escuro”.
— Imaginem o quanto sofremos com essa questão, perdendo bilhões de reais em receita, valorização do nosso futebol e visibilidade dos nossos atletas — completou Renê.
Neymar tem apenas sete partidas disputadas pelo Al-Hilal, e 421 minutos em campo
Al Hilal estaria disposto a liberar o jogador para a próxima temporada da liga americana de futebol, que começa em fevereiro
Torneio ampliado, que terá sua primeira edição em junho, nos EUA, conta com quatro brasileiros: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo
Brasileiro de apenas 18 anos foi eliminado na segunda rodada do Grand Slam em sua primeira partida de cinco sets na carreira