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Item já acumula duas quedas consecutivas. Redução mais recente foi de 3,98%, conforme mostrou a inflação de maio
Após meses como vilão na vida dos consumidores, o ovo começa a dar sinais de alívio para o bolso e já acumula duas quedas consecutivas. A redução mais recente ocorreu em maio, quando o valor recuou 3,98%, conforme mostra a inflação do mês, medida pelo IPCA. A queda observada nas gôndolas não é surpresa para o setor, que já esperava pela desaceleração.
Levantamento feito pela Horus — empresa de inteligência de mercado da Neogrid — mostra que atualmente uma bandeja com 30 ovos custa, em média, R$ 20,46. O estudo revela que o mesmo produto já chegou a ser vendido por quase R$ 26 entre março e abril. Já a embalagem com 20 unidades, que teve preço médio próximo de R$ 17,40 entre março e abril, hoje, é comercializado a uma média de R$ 14,37.
Em uma unidade do Mercado Extra visitada pela reportagem, uma bandeja com 20 custava R$ 12,90 na manhã desta quarta-feira (dia 11). No Assaí, a bandeja com a mesma quantidade tinha o valor de R$ 14,50, enquanto a com 30 unidades era vendida a R$ 19,70. A rede prepara, inclusive, uma oferta que será válida de 13 a 15 de junho, na qual a bandeja com 30 ovos custará R$ 18,90.
Anna Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid, explica que a redução já era prevista, uma vez que, após a Quaresma, a demanda pelo produto diminui.
— O preço dos ovos seguiu o esperado com redução após o período de Páscoa, no qual acontece a Quaresma e o item é muito consumido como fonte de proteína alternativa a carne bovina — diz.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lembra que, apesar da redução, os custos de produção ainda permanecem elevados.
“Durante o mês de março, o setor indicou que o mercado deveria desaquecer após a Quaresma, período em que há o tradicional incremento na demanda por ovos. Assim como previsto, com uma menor demanda no pós-Quaresma, houve uma gradativa e leve desaceleração, em um quadro ainda pressionado pelos custos de produção elevados”, disse em nota enviada ao EXTRA.
Após uma onda de reclamações impulsionadas pelo aumento do preço do ovo e até mudanças de hábitos, as redes sociais começam a ter publicações comemorando a desaceleração do item. Uma usuária identificada como Adrielle Medeiros agradeceu a Deus pela diminuição do preço:
Já Moisés Solon mostrou que a cartela com 30 ovos é vendida a R$ 12,89. Ele disse que “ninguém fala da queda do preço do ovo”.
Um outro usuário, de Goiás, disse que, por lá, o ovo está mais em conta. Ele mencionou ainda o café e o arroz.
William Figueiredo, consultor econômico da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), diz que é difícil prever como ficará o preço dos ovos no futuro, uma vez que a precificação é impactada por fatores que não podem ser controlados:
— Difícil precisar, uma vez que o produto tem seu preço atrelado ao clima e mercados internacionais de commodities, duas variáveis que o país nem os produtores têm controle
Segundo André Carvalho, diretor de marketing da empresa Mantiqueira — uma das maiores produtoras de ovos do Brasil —, a expectativa até o fim do ano é de estabilidade em relação aos preços praticados em maio e junho. No entanto, ele chama atenção para fatores que podem baratear ou encarecer o produto:
— Vários fatores podem afetar o preço do ovo. A própria gripe aviária é um fator que pode mexer nessa equação, porque ela restringe a oferta do ovo. Um outro fator que pode influenciar também é o custo do milho. Estamos percebendo uma tendência de queda no custo das commodities. Por outro lado, se o milho for exportado, o preço no mercado interno não cai na mesma proporção. Então, são várias variáveis. Mas, neste momento, a Mantiqueira trabalha com estabilidade de preços até o final do ano, nos níveis praticados em maio e junho.
Já Edival Veras, presidente do Instituto Ovos Brasil, acredita que os preços não devam cair mais, uma vez que, em temperaturas mais baixas, a produção de ovos diminui:
— Não é provável que os preços continuem caindo. No inverno, o frio tende a aumentar, o que pode reduzir um pouco a produção, e o mercado vai se ajustando. Temos uma oferta compatível com a demanda e um consumo crescente, especialmente devido à importância do ovo na alimentação — fala.
BS20250612090038.1 – https://extra.globo.com/economia/noticia/2025/06/preco-do-ovo-comeca-a-dar-sinais-de-alivio-para-o-bolso-apos-meses-acumulando-altas.ghtml
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