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Hipótese é de que animal tenha contraído a doença dos donos, que também foram diagnosticados com infecção pelo vírus monkeypox A primeira foto mostra lesão em um dos donos; a segunda, lesões cutâneas no cachorro REPRODUÇÃO/THE LANCET Cientistas da França publicaram, no último dia 10, na revista The Lancet o primeiro caso de infecção de um animal …
Hipótese é de que animal tenha contraído a doença dos donos, que também foram diagnosticados com infecção pelo vírus monkeypox
Cientistas da França publicaram, no último dia 10, na revista The Lancet o primeiro caso de infecção de um animal doméstico pelo vírus monkeypox, causador da varíola do macaco, que pode ter sido transmitido a partir de humanos.
Os autores relatam que um casal homossexual com lesões características de varíola do macaco compareceu ao Hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris, onde foi confirmado após exames o diagnóstico da doença.
Doze dias após o início dos sintomas do casal, o cachorro deles, de quatro anos, da raça galgo italiano, “apresentou lesões mucocutâneas, incluindo pústulas no abdômen e uma ulceração anal fina”.
Os cientistas acrescentaram que houve compatibilidade genética de 100% do vírus que infectou um dos pacientes com o do cão.
“Os homens relataram dormir juntos com seu cachorro. Eles tiveram o cuidado de evitar que seu cão entrasse em contato com outros animais de estimação ou humanos desde o início de seus próprios sintomas (ou seja, 13 dias antes de o cão começar a apresentar manifestações cutâneas)”, descrevem os pesquisadores.
O grupo conclui que “a cinética do início dos sintomas em ambos os pacientes e, subsequentemente, em seu cão, sugere a transmissão do vírus da varíola de macaco de humano para cão”.
“Dadas as lesões de pele e mucosa do cão, bem como os resultados positivos de PCR [exame] do vírus da varíola dos macaco de swabs anais e orais, hipotetizamos uma doença canina real, não um simples transporte do vírus por contato próximo com humanos ou transmissão aérea (ou ambos). Nossas descobertas devem estimular o debate sobre a necessidade de isolar animais de estimação de indivíduos positivos para o vírus da varíola dos macaco”, concluem.
Os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos já recomendavam, mesmo sem relatos, que pessoas com suspeita ou diagnóstico de varíola do macaco se afastem de seus animais de estimação durante o curso da doença.
O órgão ressalta que o simples contato com as feridas ou até com crostas que podem eventualmente ficar em alguma superfície é suficiente para infectar um animal.
Aqui no Brasil, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, também inclui essa orientação para os pacientes que apresentam sintomas da doença.
Cinco pontos que cientistas ainda desconhecem sobre a varíola do macaco
O atual surto da varíola do macaco (monkeypox) começou em maio deste ano, e de lá para cá já são quase 25 mil infectados, em 83 países, de acordo com levantamento em tempo real da iniciativa Global Health. Muitas características já foram descobertas sobre o vírus, um velho conhecido de pesquisadores. Porém, os cientistas seguem com pelo menos cinco dúvidas sobre o monkeypox, segundo um comunicado emitido pelos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos nesta semana
De acordo com os CDC, ainda não é possível dizer até que ponto as crianças, as pessoas imunocomprometidas e as grávidas correm o risco de, se infectados, desenvolverem a forma mais grave da doença, como foi visto em surtos anteriores no continente africano
Há uma semana, a OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou em coletiva de imprensa quem fazia parte do grupo de risco da doença. Em transmissão feita nas redes sociais da organização, nesta terça-feira, a líder técnica de monkeypox da OMS, Rosamund Lewis, ressaltou que é possível que esses grupos desenvolvam doença grave
‘Pessoas em uso de medicamentos imunossupressores, em tratamento quimioterápico, algumas que tenham HIV, mas não estejam completamente tratadas, então elas podem ter algumas questões imunológicas. E há pessoas que naturalmente têm uma imunidade mais baixa, por exemplo, crianças ou pessoas grávidas, que podem passar o vírus para o feto, e o bebê pode nascer com o vírus. Então, há algumas situações em que as pessoas podem ter risco de doença grave’, afirmou Rosamund Lewis
Outra questão que ainda intriga os cientistas e que foi relatada pelos CDC se refere à frequência com que a varíola do macaco pode ser transmitida a partir de secreções respiratórias. Além de não se saber quando, durante a infecção, uma pessoa com sintomas de varíola de macaco pode ser mais propensa a espalhar o agente infeccioso por meio dessas secreções
A presença dos vírus em fluidos corporais segue em estudo por cientistas do mundo todo. A dúvida é se o vírus monkeypox está presente em secreções orais e respiratórias, urina, fezes e sêmen. No caso de ser encontrado, os pesquisadores querem saber se essa é causa de a transmissão estar tão rápida no atual surto. Em estudos feitos na Itália e em Barcelona, já foram encontradas amostras do vírus no sêmen e na saliva
Há uma semana, a OMS (Organização Mundial da Saúde) admitiu que a doença pode ser considerada sexualmente transmissível. Todavia, o conselheiro da OMS Andy Seale, especialista em HIV, hepatite e ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), afirmou que conselheiros da agência estão analisando a questão.
‘Em resumo, eles [especialistas] concluíram que essa é claramente uma doença transmitida durante o sexo e, portanto, é configurada como uma doença sexualmente transmissível, mas ainda não foi classificada como tal. Eles ainda estão comparando essa com outras doenças, avaliando dados laboratoriais’
A quinta questão que ainda está sendo estudada por cientistas também se refere aos fluidos corporais. Os especialistas pesquisam se as pessoas com problemas no sistema imunológico, quando infectadas, têm uma quantidade maior do vírus monkeypox presente em seus fluidos corporais
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