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Produção de fitoterápicos cresce 159% no Riacho Fundo

10 de dezembro, 2021

Medicamentos naturais são distribuídos para 25 unidades básicas de saúde A produção de medicamentos fitoterápicos na Farmácia Viva do Riacho Fundo aumentou 159%, de janeiro […]

Produção de fitoterápicos cresce 159% no Riacho Fundo
Foto: Divulgação/Agência Brasília

Medicamentos naturais são distribuídos para 25 unidades básicas de saúde

A produção de medicamentos fitoterápicos na Farmácia Viva do Riacho Fundo aumentou 159%, de janeiro a novembro deste ano, em relação à produção de 2020 nesse mesmo período. No ano passado, 9.822 fitoterápicos abasteceram 22 unidades básicas de saúde (UBSs). Neste ano, outras três UBSs foram cadastradas para receber os fármacos: UBS 1 da Estrutural, UBS 4 do Lúcio Costa e UBS 1 do Cruzeiro.

Foto: Divulgação / SES

“O aumento do acesso e da oferta de fitoterápicos pelo Núcleo de Farmácia Viva permite maior alcance desses produtos para as comunidades que dependem desses medicamentos ou que buscam na atenção primária”Nilton Neto, chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo

“O aumento do acesso e da oferta de fitoterápicos pelo Núcleo de Farmácia Viva permite maior alcance desses produtos para as comunidades que dependem desses medicamentos ou que buscam na atenção primária”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo, Nilton Neto.

 Foto: Secretaria de Saúde

Em agosto, a unidade passou a contar com horto florestal agrodinâmico com várias espécies de plantas medicinais. Entre os novos projetos desenvolvidos na unidade, está a inclusão de um novo fitoterápico: a tintura de Lippia sidoides, conhecida como alecrim pimenta. De acordo com Nilton Neto, a planta é utilizada na saúde pública do DF desde 1989.

O novo horto florestal agrodinâmico reforça a produção da Farmácia Viva do Riacho Fundo | Fotos: Geovana Albuquerque/Arquivo-SES

Ainda segundo o chefe da Farmácia Viva, a proposta de inclusão foi apresentada, analisada e aprovada pela Comissão Central de Farmácia Terapêutica da Secretaria de Saúde, que vai inserir esse novo fitoterápico na relação de medicamentos essenciais. A indicação será de antisséptico para o tratamento das dores de garganta.

“O paciente vai diluir a tintura de alecrim-pimenta em quantidade suficiente de água e gargarejar ou fazer bochechos. Nossa expectativa é que esse medicamento seja incluído na lista já no primeiro trimestre de 2022”, espera.

No local também são produzidos o xarope e a tintura de guaco, que podem ser utilizados por pacientes com diabetes por não conterem açúcar em sua formulação e servem como expectorante. Entre outros itens há a tintura de boldo, para tratar a má digestão, e a tintura de funcho, indicado como antiespasmódico, ou seja, a contração involuntária dos músculos.

Na produção dos fitoterápicos, os princípios ativos são extraídos das raízes, das sementes e das folhas de plantas medicinais. Hoje, são utilizadas oito dessas plantas para a elaboração de fitoterápicos e 13 medicamentos estão cadastrados na Relação de Medicamentos (Reme).

Foto: Secretaria de Saúde

A Farmácia Viva segue os protocolos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Resolução n° 886, de 20 de abril de 2010. Esses documentos preconizam que as farmácias vivas devem cultivar, colher, processar e armazenar as plantas medicinais. Ao longo do ano, a Farmácia Viva produziu e distribuiu cerca de 357 mudas de plantas medicinais para a população.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF