
GDF inicia recuperação do pavimento em vias rurais do Gama
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Iniciativa da Emater-DF forneceu insumos para cerca de 600 famílias no ano passado, incentivando a produção orgânica e a inclusão social
Contribuir com a segurança alimentar da população brasiliense é o principal pilar do programa Brasília Verde de Agricultura Urbana. Desenvolvida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), a iniciativa visa a aumentar o acesso dos cidadãos a alimentos de boa qualidade a um custo mais baixo por meio das hortas comunitárias. Para isso, fornece suporte à criação ou manutenção de hortas no perímetro urbano, com orientações técnicas, distribuição de insumos, formações e atividades educativas.
Em 2024, o programa disponibilizou adubos, sementes e ferramentas para 598 famílias em situação de vulnerabilidade alimentar. A ação tem como objetivo a incentivar a produção de alimentos de com alta qualidade, seguros e saudáveis, difundindo também a adoção de medidas sustentáveis para o plantio urbano, como a captação de água de chuva e o reaproveitamento de resíduos orgânicos na forma de biodigestão e compostagem.
“Essencialmente, a base do programa são as hortas comunitárias, com hortaliças como alface, tomate, pimentão, rabanete, cenoura, beterraba; mas em 2024, pela primeira vez, oferecemos sementes com potencial produtivo maior, como abóbora e jiló, por exemplo”, salienta o gerente de Agricultura Urbana da Emater-DF, Rogério Viana. “Com isso, conseguimos oferecer mais segurança a essas famílias, efetivando o acesso a alimentos de qualidade e baixo custo, produzidos por eles mesmos.”
Também no ano passado, a iniciativa governamental auxiliou na implantação de 85 hortas escolares, comunitárias, medicinais e terapêuticas, em parceria com outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). Houve ainda a instalação de sistemas de captação de água das chuvas em 31 escolas públicas e aquisição do equipamento para mais 22 unidades, com aporte de R$ 291 mil. Cada sistema tem o potencial de coletar até 250 mil litros de água por ano de água não tratada, ideal para uso em limpezas e irrigação de hortas e jardins.
“A horta escolar tem um efeito pedagógico. A ideia é disseminar o conceito de uma horta comunitária, de produzir o seu alimento saudável e seguro, é que a criança possa levar esse conhecimento para casa e aplicar ao longo da vida. Também atuamos em postos de saúde, escolas e unidades de atendimento social”, afirma o gerente.
Prestes a completar duas décadas de história, o Instituto Horta Girassol foi um dos grupos que receberam insumos fornecidos pela Emater-DF no ano passado. Uma das maiores hortas comunitárias do Distrito Federal, o espaço surgiu da necessidade de acabar com uma área de descarte irregular de lixo, em 2005, que estava causando mortes por hantavirose, e se consagrou como ponto de conexão entre os moradores do Morro Azul, em São Sebastião, e a natureza. O terreno foi cedido pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).
Segundo a coordenadora da entidade, Hosana Alves de Nascimento, o suporte da Emater-DF foi essencial para a concretização da horta urbana e ainda hoje possibilita o cultivo de alimentos e a promoção de cursos e oficinas para a população. O plantio é orgânico e segue os moldes da agrofloresta. “Recentemente plantamos milho, abóbora e feijão com o adubo e o fertilizante que ganhamos da Emater-DF. As sementes, conseguimos com uma parceria com os agricultores da área rural”, conta ela.
Além de trabalhar com o cultivo de alimentos e com a piscicultura, a entidade é voltada à capacitação ambiental da comunidade. Os últimos cursos abordaram temas como agroecologia para floresta, plantas medicinais, aproveitamento de alimentos e jardinagem, tendo alcançado mais de 100 pessoas. “Comecei aqui em 2006 e, desde então, já fiz vários cursos na área ambiental. Queremos que aqui seja um espaço de educação, de cultura e de saúde, para que as pessoas possam aplicar o conhecimento em casa, plantando seus próprios alimentos”, afirma Hosana.
A extensionista da Emater-DF Roseli Oliveira destaca que o envolvimento da comunidade nos cuidados com a horta urbana contribuem com a inclusão social e, tendo em vista os cursos realizados no local, com a profissionalização dos cidadãos. “As pessoas que vêm para cá buscam tanto a questão nutricional quanto o contato com a natureza, essa parte terapêutica”, afirma ela, que também observa os benefícios do cultivo em sistema agroflorestal.
“Você consegue, em um pequeno espaço, ter uma diversidade maior, com árvores frutíferas e com o plantio de hortaliças, por exemplo, trazendo a questão da segurança alimentar para a região”, esclarece a extensionista. “Podemos ter árvores que possam não ser usadas economicamente, mas que são positivas para a fauna, trazendo pássaros e outros animais que, eventualmente, podem encontrar um oásis do ponto de vista ambiental e dar continuidade à biodiversidade da área.”
A horta Girassol comercializa os alimentos no modelo CSA (Community-Supported Agriculture, que significa Agricultura Apoiada pela Comunidade). Dessa forma, pessoas cotistas retiram semanalmente uma cesta com legumes, hortaliças e frutas, e o pagamento da cota é distribuído entre os agricultores. Também há venda para a comunidade a preço de custo e participação no programa de aquisição do GDF por meio de cooperativa, além de doação do excedente a instituições sociais.
Para informações sobre o programa Brasília Verde de Agricultura Urbana, entre em contato com a Emater-DF no e-mail [email protected] ou pelo telefone 3311-9362.
Obras abrangem 10 km de extensão das vicinais 379 e 383, por onde circulam ônibus escolares e carros de passeio
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