
Valores das bolsas do programa DF Alfabetizado são atualizados
Alfabetizadores voluntários e tradutores-intérpretes de Libras passam a receber R$ 1.600 e os coordenadores voluntários locais, R$ 1.800
Com mais de 100 aprovações registradas, iniciativa oferece suporte acadêmico e emocional para estudantes ingressarem no ensino superior
Quanto vale um sonho? Para os alunos do Centro de Ensino Médio 3 (CEM 3) de Taguatinga, a resposta está na dedicação, persistência e constância que os levaram à tão sonhada vaga em universidades públicas. Com mais de 100 aprovações registradas na instituição, todos têm algo em comum: a participação no Núcleo de Apoio aos Vestibulandos (Nave).
Criado em 2023, o programa acompanha os estudantes desde o início do ensino médio, oferecendo suporte acadêmico e orientação sobre todas as possibilidades de ingresso no ensino superior. “Mais do que ajudar nos estudos, buscamos guiá-los na escolha de cursos e faculdades, promovendo visitas às instituições e auxiliando nas inscrições para o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], para o PAS [Programa de Avaliação Seriada] e outros vestibulares”, explica a professora e idealizadora do projeto, Regina Cotrim.
O projeto chegou ao CEM 3 de Taguatinga com o remanejamento da professora, que veio de uma escola pública em Ceilândia. “Comentei sobre a proposta em uma videochamada com os alunos, e a ideia ganhou adesão rapidamente”, relembra a responsável.
Aos poucos, o projeto se estruturou oficialmente como Nave, criando parcerias com professores de cursinhos e empresários para doação de apostilas preparatórias. Os alunos participam de grupos de estudo no contraturno escolar e de visitas à Universidade de Brasília (UnB). “Também monitoramos o desempenho dos estudantes da escola para orientá-los melhor sobre as notas e os cursos desejados”, acrescenta Regina.
O impacto do Nave é refletido nos números, comemora a professora: “Em 2022 e 2023, tivemos 50 aprovações. No ano passado, foram 92, sendo mais de 50 só para a UnB. Em 2024, já passamos de 100 aprovados, com destaque para a UnB pelo vestibular e PAS, além de aprovações pelo ProUni e no IFB pelo Sisu”.
A diretora do CEM 3, Stefania Figueredo, reforça a importância da iniciativa: “Todo mundo da escola abraça o projeto, que tem como missão, além de socializar o aluno, trazer mais confiança para ele. Nosso compromisso é oferecer o melhor suporte para que eles saiam daqui direto para a universidade”. Com a reforma da biblioteca na fase final, a expectativa é ampliar ainda mais o atendimento e transformar mais vidas.
Aprovado em história pelo vestibular da UnB e em artes cênicas pelo PAS, Lázaro Victor de Souza, 18, é o primeiro da família a entrar em uma universidade pública. Para o estudante, o resultado seria diferente caso não tivesse o apoio do Nave e da escola durante o percurso.
“Esses três anos me mudaram muito como pessoa e me trouxeram uma formação muito boa”, relata. “Quando eu cheguei ao ensino médio, não fazia ideia do que era o PAS nem o Enem. Depois que conheci a professora Regina, fui me familiarizando e me apaixonei pela UnB. Se não fosse o Nave, acho que eu ia estar meio perdido, sem saber qual curso fazer.”
Com a ajuda do Nave, Brunna Matildes Assis, 18, também conseguiu a tão sonhada aprovação no curso que desejava: “Eu prestei para dois cursos diferentes – fisioterapia, pelo vestibular, e terapia ocupacional, pelo PAS -, porque fiquei com medo de não passar, mas com a orientação e estratégias corretas eu escolhi o curso que eu queria, que era fisioterapia”.
Além do suporte acadêmico, ela destaca um fator essencial para o sucesso: o controle emocional. “O nervosismo atrapalhou meu desempenho no primeiro PAS, então eu acho que manter a calma no processo de estudo e no dia da prova faz toda a diferença”, aconselha.
Durante o Nave, o casal Maria Eduarda Araújo, 18, e Pedro Arthur Campos, mesma idade, estudou junto desde o primeiro ano do ensino médio.
“A dedicação da professora Regina foi essencial para despertarmos mais interesse e escolhermos um curso”, conta Pedro, aprovado em física (bacharelado) no vestibular da UnB e em física (licenciatura) no Instituto Federal de Brasília (IFB). Maria Eduarda, aprovada em letras – inglês no IFB, ressalta: “Estar cercado de pessoas com o mesmo objetivo facilita muito a manter o foco.”
Alfabetizadores voluntários e tradutores-intérpretes de Libras passam a receber R$ 1.600 e os coordenadores voluntários locais, R$ 1.800
Vagas são voltadas para estudantes de nível médio, técnico e superior
Os candidatos interessados podem conferir o edital e fazer suas inscrições gratuitamente, exclusivamente pelo site nucleodeselecao.ueg.br.
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