
Escola de Brazlândia comemora a Semana do Cerrado com atividades de conscientização
Os estudantes poderão escolher entre quatro temas diferentes programados para as oficinas
Desde 2001, iniciativa gerida pela Caesb alcançou mais de 8,3 mil estudantes, com foco na prática esportiva, educação ambiental e atividades pedagógicas
Prestes a completar 25 anos, o Projeto Golfinho, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), já atendeu 8.343 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa conta com dois núcleos, em Ceilândia e Itapoã, e promove práticas esportivas, com ênfase na natação, atividades pedagógicas e educação ambiental. Os alunos de 6 a 14 anos participam das aulas em dias alternados, no contraturno escolar, de janeiro a dezembro.
O projeto é totalmente financiado pela Caesb, com recursos de um percentual das multas e infrações aplicadas pela companhia. Nos últimos nove anos, o investimento foi de cerca de R$ 13 milhões. Os alunos recebem uniforme completo (camiseta, short, casaco, calça e bolsa), alimentação, transporte e material esportivo e pedagógico. Criada em 28 de setembro de 2001, a ação já contemplou moradores da Estrutural, Guará, Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia e Itapoã.
“O objetivo do projeto é trabalhar as questões ambientais que fazem parte do escopo da Caesb e estimular a prática desportiva, principalmente a natação, que sempre foi o maior foco do Projeto Golfinho, mas também futebol, vôlei, basquete e outros jogos cooperativos”, afirma o coordenador de Responsabilidade Social da Caesb, Manoel Lucas. “Tem um impacto social muito forte. Muitas crianças têm a primeira, às vezes a única, refeição aqui. Por isso, damos um lanche completo, com cinco itens, pensando no bem-estar de todos.”
Há sete anos trabalhando com a iniciativa, o gestor pontua que a evolução das habilidades sociais e da integração dos estudantes é notória e dá orgulho aos servidores. “As crianças e adolescentes são inseridas em um cenário voltado à educação e ao desenvolvimento da autonomia e da cidadania. Atualmente, temos 366 alunos nas duas unidades e conseguimos perceber a evolução em relação ao respeito, à civilidade, aos estudos. Mostra o impacto positivo e todo mundo fica encantado, nós aprendemos muito com eles”, salienta.
Ao longo do ano, os estudantes participam de passeios pedagógicos, como visitas ao zoológico, ao teatro, a unidades de tratamento de água, ao cinema e a pontos turísticos do DF. Também ocorrem palestras sobre temas como conscientização e prevenção sobre o uso de drogas, abuso sexual, alienação parental, bullying, gravidez na adolescência e a importância da educação e dos vínculos familiares.
Há, ainda, a comemoração dos aniversariantes do trimestre e a promoção do Natal Solidário, demonstrando a importância de cada aluno para a iniciativa. Na campanha natalina, cartinhas feitas pelos alunos para o Papai Noel são adotadas por empregados da Caesb. Todos os alunos são contemplados com os presentes solicitados, que, em geral, são material escolar, brinquedos e equipamentos como bicicleta, skate e patins.
Emanuelly Bento da Silva ganhou três barrinhas de cereal e dois lápis no bingo
Neste mês, devido ao recesso escolar, o projeto funciona como uma colônia de férias, com festas juninas, brincadeiras e dias temáticos. Emanuelly Bento da Silva, 9 anos, foi a primeira ganhadora do bingo. “Meus prêmios foram três barrinhas de cereal e dois lápis”, conta a menina, que participa da ação desde 2022. “É muito legal. Agora sei nadar melhor e aqui tem várias brincadeiras, aulas, muitas coisas.”
Outro ganhador da atividade foi Dennys Moreira, 10, que levou uma garrafinha. Ele comenta o quanto aprende e se diverte. “Aprendi coisas ambientais e a nadar, fazer mergulhos. Mostraram como cuidar da natureza, que não podemos não jogar lixo nas ruas, se não entope os esgotos e tal”, diz.
Thomas Alves: “Depois das aulas de matemática daqui, eu nunca mais reprovei na matéria”
Os amigos Thomaz Alves, 9, e Daniel Oliveira, 9, também gostam da iniciativa governamental. “A gente chega, lancha, tem a aula pedagógica, os esportes e as brincadeiras. Depois das aulas de matemática daqui, eu nunca mais reprovei na matéria”, conta Thomaz. O amigo completa: “Eu e minha irmã aprendemos a nadar aqui. Comecei sem conseguir, me afogando, parando no meio, mas melhorei. Hoje sei que se a gente cair numa piscina funda, podemos nadar tipo cachorrinho para sair.”
Podem ingressar crianças de 6 a 13 anos de famílias de alta vulnerabilidade social que residam em Ceilândia, Sol Nascente e Itapoã, e que estejam matriculadas em alguma das escolas parceiras. Em Ceilândia, as instituições parceiras são a Escola Classe 47, Escola Classe 50 e Centro de Ensino Fundamental 14. No Itapoã, são a Escola Classe 1, Escola Classe 2 e Centro de Ensino Fundamental Dra. Zilda Arns.
Os estudantes podem permanecer na iniciativa até os 14 anos. Após esta idade, são incentivados a participarem do programa Empregado Aprendiz da Caesb.
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