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Objetivo é construir um DF mais seguro, justo e preparado para os desafios
Você já ouviu falar em território resiliente? Parece um nome complicado, mas a ideia é simples e muito importante para o futuro do Distrito Federal. Imagine toda a nossa região não apenas resistindo a desafios como secas e chuvas fortes, mas também se adaptando às mudanças climáticas e ficando mais forte a cada vez. É exatamente isso que a proposta de território resiliente no novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) busca para o DF.
Com eventos climáticos extremos se tornando mais comuns, como secas prolongadas e chuvas muito fortes, é preciso garantir que o Distrito Federal cresça de forma organizada, protegendo a natureza e oferecendo qualidade de vida para todos.
“A resiliência significa ter a capacidade de mudar e se adaptar diante dos desafios”, reforça o coordenador de Planejamento Territorial e Urbano da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF), Mário Pacheco. “Pense em uma árvore que dobra ao vento, mas não quebra, e depois volta ao lugar, talvez até mais forte. É essa a lógica que se pretende adotar para o nosso território.”
O Pdot, que é a principal ferramenta para planejar como o território do DF vai se desenvolver, está incorporando essa ideia com diversos objetivos. Veja abaixo.
► Lidar com os impactos das mudanças climáticas: diminuir os riscos de desastres e ajudar a população a se preparar e se recuperar mais rapidamente
► Melhorar a qualidade de vida: garantir que todos tenham água de qualidade, alimentos seguros e áreas verdes que proporcionem bem-estar
► Promover a justiça social e ambiental: assegurar que as ações de proteção e desenvolvimento territorial beneficiem a todos, especialmente as comunidades mais vulneráveis
► Envolver a comunidade: contar com a participação de todos – governo, empresas e cidadãos – na construção de um futuro mais seguro e sustentável.
A ideia central é que não basta apenas reagir aos problemas. É preciso prevenir e construir a capacidade de recuperação, preparando o território para os impactos que já estão acontecendo, como eventos extremos, ondas de calor, secas e chuvas volumosas.
“Também é preciso atuar na raiz do problema, reduzindo a emissão de gases que causam o efeito estufa, por exemplo, incentivando o uso de energias mais limpas e o transporte sustentável. Ir além da resistência, garantindo que nossos sistemas e territórios não só suportem os impactos, mas também se transformem de forma sustentável, fortalecendo sua capacidade de recuperação e adaptação contínua”, pontua Mário Pacheco.
Para que tudo isso funcione, é fundamental que o governo trabalhe com a sociedade, valorizando o conhecimento de todos e criando ferramentas de planejamento que sejam flexíveis e colaborativas.
“É uma abordagem que envolve diferentes níveis [cidade, região] e diversas áreas do conhecimento para construir um desenvolvimento que reduza as vulnerabilidades e promova o bem-estar humano, em que o Plano Diretor atue como um instrumento orientador desse processo, articulado a outros instrumentos e setores da sociedade”, resume o coordenador.
Veja as quatro principais estratégias que o Pdot propõe para tornar o DF mais resiliente
Arte: Seduh-DF
O objetivo dessas estratégias é incentivar ações que protejam o meio ambiente e tragam benefícios para a população, como promover a justiça climática, proteger e restaurar a natureza – em especial, o Cerrado –, usar o solo de forma inteligente e a água de forma consciente, incentivar a redução do desperdício e promover o uso de energias limpas e outros recursos que se renovam naturalmente.
A aplicação dessas ações será priorizada nas áreas que mais precisam, especialmente para promover a disponibilidade de água, garantir que as pessoas tenham o que comer e proteger os serviços que a natureza oferece, como a polinização e a purificação do ar, entre outros.
Como exemplo, as áreas para plantio de árvores, recuperação da vegetação e outras soluções baseadas na natureza – estratégias que usam a própria natureza para resolver problemas do território – serão definidas com base em mapas que mostram o potencial de recuperação ecológica do DF.
Na avaliação de Mário Pacheco, as propostas de território resiliente no Pdot são um passo fundamental para construir um Distrito Federal mais seguro, justo e preparado para os desafios do futuro. “Elas buscam integrar o cuidado com o meio ambiente e o planejamento da cidade, garantindo que o desenvolvimento seja sustentável e que todos os cidadãos se beneficiem de um ambiente mais saudável e resiliente”, aponta. “É um convite à participação de todos na construção de um DF melhor para as próximas gerações”.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação
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