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Quanto tempo de exercício precisamos para compensar um dia sentado?
19 de setembro, 2024 / Por: Agência O GloboAs evidências foram publicadas na revista científica British Journal of Sports Medicine (BHSM)
O hábito de passar longas horas sentados, muitas vezes como parte do trabalho diário, costuma ultrapassar o máximo de seis horas por dia indicado por diversas pesquisas. Para sair do sedentarismo, quanto tempo de exercícios físicos por dia “compensaria” o período em que ficamos parados na mesma posição?
De acordo com cientistas, 30 a 40 minutos de atividades moderadas a vigorosas diariamente é o suficiente para equilibrar até 10 horas sentado. Esta descoberta foi publicada na revista científica British Journal of Sports Medicine (BHSM).
“Como essas diretrizes enfatizam, toda atividade física conta e qualquer quantidade dela é melhor do que nenhuma. As pessoas ainda podem proteger sua saúde e compensar os efeitos nocivos da inatividade física”, disse o pesquisador de atividade física e saúde populacional Emmanuel Stamatakis, da Universidade de Sydney, na Austrália, em comunicado.
Esta meta-análise, que foi baseada em rastreadores de condicionamento físico, levou em consideração todas as diretrizes da Diretrizes Globais de 2020 da Organização Mundial da Saúde sobre Atividade Física e Comportamento Sedentário. Para chegar aos resultados, foram analisados 44.000 indivíduos de meia-idade e idosos, por um período de 4 anos a 14 anos e meio.
De forma geral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica de 2 horas e meia a 5 de atividade física de intensidade moderada ou 1 hora e 25 minutos a 2 horas e meia de atividade física de intensidade vigorosa semanalmente para combater o comportamento sedentário.
Os 30 a 40 minutos diários podem ser alcançados com uma corrida no parque, subindo escadas ao invés de pegar o elevador, praticando yoga ou dança em casa, brincando com crianças ou animais de estimação e até mesmo optando por andar de bicicleta até um mercado mais longe de casa.
Por outro lado, os pesquisadores refletem que novos grandes estudos precisam ser realizados para que as recomendações se adaptem melhor a cada caso.
“Embora as novas diretrizes reflitam a melhor ciência disponível, ainda há algumas lacunas em nosso conhecimento. Mas esse é um campo de pesquisa de ritmo acelerado, e esperamos ter respostas em alguns anos”, aponta Stamatakis.