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Alguns moradores não os recebem bem durante as visitas. IBGE diz ter algumas dificuldades de acesso à moradores do Plano Piloto Foto: Reprodução Iniciado há 20 dias no DF e em todo o Brasil, a coleta de dados para o Censo 2022 está trazendo enormes desafios para os recenseadores contratados pelo Instituto Brasileiro de Geografia …
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Alguns moradores não os recebem bem durante as visitas. IBGE diz ter algumas dificuldades de acesso à moradores do Plano Piloto
Iniciado há 20 dias no DF e em todo o Brasil, a coleta de dados para o Censo 2022 está trazendo enormes desafios para os recenseadores contratados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Durante as visitas, alguns moradores se recusam realizar as entrevistas e recebem de forma hostil os profissionais.
A coleta de informações domiciliares feita pelo Censo está sendo feita após 12 anos, e é necessária para a implementação de políticas públicas e para um melhor conhecimento dos brasileiros e suas especificidades. Porém, os recenseadores que trabalham diariamente para realizar os registros relatam que ainda há repulsas por parte de alguns habitantes.
Ao todo, 2.631 profissionais circulam pelo Distrito Federal em busca dos moradores, e terão a missão de coletar os dados de 963 mil domicílios e de mais de três milhões de habitantes até novembro deste ano. As regiões são divididas em setores, e os recenseadores precisam cumprir um quociente mínimo de entrevistas realizadas para concluir as suas colaborações com o IBGE.
Dois recenseadores que atuam no Distrito Federal, e que não quiseram se identificar para a nossa equipe de reportagem, relatam que a ausência é um dos principais obstáculos durante o trabalho de entrevistas. Porém, em outras ocasiões, há as recusas por parte dos brasilienses, que nem sempre acontecem de forma respeitosa.
De acordo com um recenseador que atua no Gama, ao longo dos vinte dias de atuação pelas ruas do Distrito Federal, ele teve a oportunidade de “conversar e conhecer pessoas incríveis”, mas também teve que lidar com situações onde os moradores não receberam a sua visita de forma amistosa.
“Tem vezes que as pessoas são mais ariscas, né? A gente chega lá querendo fazer o nosso trabalho, explicando a importância da nossa entrevista, e eles fecham a porta na nossa cara, ficam xingando, ou gritam com a gente falando que estamos perturbando. Uma vez, um cara até disse que iria chamar a polícia se eu continuasse indo na casa dele”, comenta.
O recenseador comenta que, alguns moradores não acreditam que ele realmente trabalha para o Censo 2022, mesmo com uma série de objetos que foram feitos para identificar o profissional do IBGE, como o crachá e o boné de identificação. “Apesar disso tudo, as pessoas acham que a gente não está trabalhando. Existe muito medo deles do que a gente vai fazer na casa deles, ou o que a gente vai fazer com as suas informações”, afirma.
Outra recenseadora que trabalha na Vicente Pires, comenta que uma fake news que circula pelas redes sociais pode estar contribuindo com a aversão de alguns moradores. A recenseadora mostrou a mensagem falsa para o Jornal de Brasília, que contém a foto de um homem e o logotipo da Polícia Militar de São Paulo.
“Esse homem está se passando por funcionário do IBGE, ele usa crachá e tudo, depois que entra na residência, anuncia o assalto. Repassem para o máximo de pessoas”, diz o texto da mensagem.
De acordo com a recenseadora, ela consegue ter mais êxito visitando os condomínios da Vicente Pires, onde a recepção é mais amigável. Em contrapartida, ela diz que nos prédios, muitos moradores não aceitam a sua entrada nas casas, fazendo com que ela tenha que usar os interfones externos.
“Em condomínio é muito tranquilo, o pessoal me recebe super bem e tal, os porteiros me deixam entrar. Agora, em prédio, as pessoas desligam o interfone na minha cara, ou querem fazer a entrevista por interfone. Aí, eu tenho que ficar refazendo a ligação umas cinco vezes, porque fica caindo. […] Antes de ontem, em um prédio de 50 apartamentos, eu falei com apenas seis pessoas”, comenta.
Mas para ela, o maior desafio no seu trabalho como recenseadora é com a ausência de respostas dos moradores, que, muitas vezes, não a atendem de propósito. “Para mim, o que está mais difícil é achar as pessoas em casa, ou as pessoas fingirem que não estão em casa. Tem muita gente que tem o portão todo fechado, mas dá para ver pelas frestinhas que tem alguém dentro de casa, mas elas não te atendem”, diz.
Em uma nota exclusiva enviada para a nossa equipe de reportagem do Jornal de Brasília, o IBGE desmentiu a existência de um falso colaborador que está cometendo crimes usando crachás da autarquia. “Não recebemos o relato de assaltos a residências utilizando coletes do IBGE. Isso é crime, assim como o desacato aos servidores públicos, que inclui os recenseadores”, diz o comunicado.
Segundo o IBGE, a equipe do Censo 2022 está enfrentando algumas dificuldades com o acesso aos moradores de condomínios em algumas regiões. Águas Claras, Samambaia, Plano Piloto foram exemplos citados pelo órgão. “É preciso que todos se conscientizem da importância de um censo para os residentes do Distrito Federal; o censo é para todos nós”, diz
O órgão também declarou que repudia os maus tratos que os recenseadores podem ser expostos, e destaca que os recenseadores são servidores que tomam sol e chuva em um esforço importante para a sociedade, coletando informações úteis para a construção de um Brasil melhor.
“Porque destratar um funcionário que está se esforçando tanto para coletar informações importantíssimas para nosso estado e país? O IBGE conta com a conscientização da população em relação ao exercício de sua cidadania, que pode ser exercida respondendo aos órgãos estatísticos oficiais”, conclama a autarquia.
Gabriel de Sousa
[email protected]
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