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Nos últimos 12 meses, o crédito cresceu 11,7%, com destaque para o avanço de 12,7% nas operações voltadas às famílias e de 10,2% no crédito para empresas

O saldo de operações de crédito no sistema financeiro nacional manteve-se estável em janeiro, totalizando R$ 6,5 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira. Apesar da estabilidade geral, houve variações entre os setores: o crédito para pessoas físicas cresceu 1,2%, chegando a R$ 4 trilhões, enquanto o crédito para empresas recuou 1,8%, atingindo R$ 2,5 trilhões.
Nos últimos 12 meses, o crédito cresceu 11,7%, com destaque para o avanço de 12,7% nas operações voltadas às famílias e de 10,2% no crédito para empresas.
Entre os tipos de financiamento, o crédito livre — aquele concedido sem destinação específica — caiu 0,5% no mês, fechando janeiro em R$ 3,7 trilhões. Já o crédito com recursos direcionados, que inclui financiamentos imobiliários e rurais, subiu 0,9%, chegando a R$ 2,7 trilhões.
A taxa média de juros das concessões subiu para 29,8% ao ano, um aumento de 1,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. O custo do crédito para empresas ficou em 21,4% ao ano, enquanto para pessoas físicas alcançou 33,8% ao ano.
O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias registrou leve alta, chegando a 3,2% da carteira de crédito. O endividamento das famílias ficou em 48,3% da renda mensal, mantendo-se estável em relação a dezembro, mas 0,6 ponto percentual acima do registrado no mesmo período de 2024.
As concessões de crédito, que indicam novos empréstimos contratados no mês, somaram R$ 585,9 bilhões, com avanço de 0,4% na comparação com dezembro, impulsionado pelo aumento de 1,6% nos financiamentos para famílias.
O Banco Central também destacou o impacto da Lei nº 14.690, de outubro de 2023, que limitou os juros e encargos financeiros sobre o crédito rotativo e parcelado de cartões.

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