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Saúde amplia oncologia e fortalece o cuidado de pacientes cardíacos e neurológicos

26 de junho, 2025 | Por: Agência Brasília

Investimentos dobram capacidade de atendimento ambulatorial e fortalecem emergências com tecnologia de ponta

A capacidade de atendimento da oncologia do Hospital de Base passa a ser de até 40 consultas iniciais novas por mês | Foto: Alberto Ruy/IgesDF

O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) passa a oferecer mais serviços de alta complexidade, a partir desta quarta-feira (25). A oncologia clínica foi ampliada e conta, agora, com 11 novos consultórios, e um moderno angiógrafo foi instalado no setor de hemodinâmica.

Com a reforma na oncologia, a capacidade de atendimento ambulatorial dobra, permitindo até 40 novas consultas iniciais por mês. Além disso, o espaço conta com ambientes climatizados, pias em todas as salas, acessibilidade e um banheiro exclusivo para pacientes em tratamento.

“Essas salas representam um marco na humanização do cuidado oncológico no DF, promovendo acolhimento e dignidade desde a primeira consulta”, afirma o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), Cleber Monteiro.

A iniciativa, promovida pelo Instituto em parceria com entidades apoiadoras, no caso da oncologia, amplia a capacidade de atendimento e fortalece o cuidado de pacientes cardíacos, neurológicos e em tratamento de câncer.

O secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, celebrou o impacto da entrega: “Estou muito feliz, de coração. Continuamos trabalhando com esse propósito, afinal, nós, profissionais de saúde, escolhemos atuar para transformar vidas”.

“Essa entrega simboliza mais que uma ampliação física. Ela representa respeito, acolhimento e compromisso com quem enfrenta uma das batalhas mais difíceis da vida. A nova estrutura da Oncologia Clínica do Hospital de Base é fruto de um esforço coletivo para oferecer um atendimento mais humano, digno e eficiente. Seguimos trabalhando para que a saúde pública do Distrito Federal esteja cada vez mais próxima de quem mais precisa”, Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal.

Mais estrutura, dignidade e cuidado

Idealizado em 2019 pela coordenadora da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC), Verinha, em parceria com o oncologista Daniel Girard, a ampliação foi viabilizada com doações da própria Rede, da Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas do Senado Federal (Assisefe) e do Hospital Dia (H-Dia).

“Essa conquista é dos pacientes e dos colaboradores, que merecem um ambiente de trabalho digno e com qualidade. Nossa missão na Rede Feminina é doar amor, enxugar lágrimas e provocar sorrisos”, ressalta Larissa Bezerra, atual gestora da RFCC.

Tecnologia de ponta no HBDF

Outro destaque da cerimônia foi a entrega do angiógrafo com tecnologia de ponta, adquirido com recursos do Ministério da Saúde, por meio de convênio federal. O aparelho permite a realização de intervenções minimamente invasivas em especialidades como cardiologia, neurologia, neurocirurgia, radiologia intervencionista e eletrofisiologia.

Com o novo equipamento, a capacidade de atendimento da hemodinâmica cresce em até 40%, passando de 350 para até 490 procedimentos mensais. “Agora, conseguimos agilizar o diagnóstico e o tratamento de emergências como infarto e AVC, salvando mais vidas com segurança e precisão”, destaca Edson Gonçalves, superintendente do HBDF.

A obra inclui, ainda, a ampliação da sala de recuperação pós-anestésica (RPA), que agora conta com 12 leitos. “Este aparelho representa um salto de qualidade na capacidade diagnóstica e terapêutica do hospital”, complementa o chefe da hemodinâmica, Gabriel Kanouche.

O retrato do sorriso que venceu o câncer

Wilma Alves: “Depois que eu tive a doença, perdi a autoestima, tive depressão. Mas agora estou curada de tudo”

Enquanto as autoridades inauguravam as novas salas da oncologia, um toque inesperado. Foi Wilma Alves quem badalou o chamado sino da cura, selando o fim de uma jornada marcada por resiliência e superação.

Aos 45 anos, mãe de três filhos e avó de um neto, Wilma venceu não apenas um, mas três cânceres: no colo do útero, na bacia e no fígado. “Depois que eu tive a doença, eu parei de viver. Perdi a autoestima, tive depressão. Mas agora estou curada de tudo”, contou, emocionada.

Ela começou a batalha há dois anos, quando recebeu o primeiro diagnóstico. Foi curada e, um ano depois, enfrentou novas metástases. Durante esse tempo, o HBDF foi mais do que um local de tratamento.

“Um excelente hospital que me apoiou em tudo, me deu amor quando eu mais precisava”, disse. Agora, com a saúde restabelecida, ela sonha em retomar a rotina: “Trabalhava com serviços gerais e tudo o que mais quero é voltar a trabalhar, voltar a viver, ter meu cabelo, meus dentes… viver de novo”. 

*Com informações do IgesDF

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