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Sem sofrer gols há três jogos, Brasil pode atingir, contra a Bolívia, marca que não alcança há quatro anos

9 de setembro, 2025 | Por: Agência O Globo

Sequência atual, obtida com a chegada de Carlo Ancelotti, já é inédita no ciclo preparatório para a Copa de 2026

O técnico Carlo Ancelotti e o zagueiro marquinhos conversam durante o treino seleção não sofre gols há três jogos — Foto Rafael Ribeiro CBF

Embora a produção ofensiva tenha empolgado no Maracanã e permitido à seleção se despedir do país com um voto de confiança da torcida, foi sem a bola que o time mais evoluiu sob o comando de Carlo Ancelotti. Desde que o italiano assumiu, a regularidade defensiva tem sido uma tônica. Com ele, o time já atingiu uma marca inédita neste ciclo. E pode derrubar uma escrita ainda maior nesta terça, contra a Bolívia, às 20h30 (de Brasília), em El Alto.

A meta brasileira não é vazada desde que Ancelotti assumiu. A seleção ainda não havia passado três jogos sem levar gols no pós-Catar. A última vez foi em 2022, na reta final da edição anterior das Eliminatórias.

Se Alisson passar intacto contra os bolivianos, hoje, a escrita derrubada será ainda mais longa, já que esta sequência não é registrada há quatro anos. Na ocasião, foram seis jogos sem sofrer gols entre 2020 e 2021.

A verdade é que os atuais três jogos sem ser vazado não chegam a representar uma marca imponente no histórico da seleção. Mas o longo tempo passado sem alcançá-la mostra como a organização defensiva foi um dos maiores problemas enfrentados no conturbado ciclo para 2026.

O Brasil levou gols em todos os três amistosos com Ramon Menezes. Foram sete sofridos, o que dá 2,3 por partida. Já sob Fernando Diniz, o time só não foi vazado em um de seis compromissos. Voltou a levar um total de sete gols (média de 1,16).

Embora tenha comandado a equipe por mais tempo, Dorival Junior também não conseguiu encontrar esta solidez. Com ele, o time passou intacto em cinco de 16 duelos. Somou 17 e voltou a registrar média superior a um por partida (1,06).

– O mais importante no futebol é não levar gol – cravou o zagueiro Gabriel Magalhães. – Com toda qualidade da nossa equipe, se não sofrer (gols) a possibilidade de ganhar é grande.

Os jogadores fazem questão de destacar a importância de Ancelotti e citam a vocação da escola italiana em formar boas defesas. Já o técnico ressalta se tratar de um trabalho que envolve todos os atletas. Principalmente os atacantes.

– O trabalho defensivo está nas mãos dos atacantes. Na defesa chega a bola que não é limpa. Se isso acontece, fica muito mais fácil controlar. A atuação da equipe a nível defensivo tem sido muito boa nestes três jogos. Temos que seguir trabalhando. Como disse, sobretudo os atacantes.

Na busca de Ancelotti pelos zagueiros que defenderão o Brasil na Copa, o nome de Marquinhos já desponta como garantido. Ao que tudo indica, inclusive como o capitão.

– É um grande zagueiro, um dos melhores do mundo. Por sua experiência, inteligência, caráter, personalidade… Um grande capitão para a seleção – elogiou o italiano. – É uma peça muito importante para a seleção. Confiamos muito em sua capacidade.

Já as outras vagas estão em aberto. Magalhães ganhou pontos pela partida contra o Chile. Titular contra Equador e Paraguai, Alexsandro Ribeiro volta contra a Bolívia. Quem também receberá uma oportunidade em El Alto é Fabrício Bruno. Ancelotti quer usar esta partida para observar atletas que não conhece tanto.


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