O Fluminense ainda é o maior vencedor do Campeonato Carioca com 28 títulos, o último conquistado em 2016. Por outro lado, o Sesc-Flamengo – contando com o início do projeto de Bernardinho – possui 18, incluindo os cinco últimos torneios. O Carioca de 2022 foi um triangular entre Fluminense, Sesc-Flamengo e Tijuca. Apesar do campeonato esvaziado e com poucos jogos, os times encararam a disputa como um ensaio para a Superliga Feminina, que terá início no dia 28 de outubro.

O Sesc-Flamengo deu indícios de que resolveria a decisão do Campeonato Carioca em três sets. Após um começo de jogo de muita intensidade, com ótimas jogadas entre a levantadora canadense Brie King e a central Valquíria, o time do técnico Bernardinho foi envolvido no forte bloqueio do Fluminense e precisou da bagagem de Juciely para ficar em vantagem no jogo. A experiência, inclusive, foi o que fez a diferença no terceiro set. O Fluminense foi gigante na parcial seguinte e teve a oportunidade de fechar a partida, mas a entrada da ponteira Gabirú garantiu o título ao Sesc-Flamengo.

O Sesc Flamengo entrou em quadra avassalador e não teve dificuldades para abrir vantagem no placar. Com a levantadora canadense Brie King enxergando bem o jogo, a central Valquíria, a oposta Bruna Honório e a ponteira americana Roni se revezaram nas viradas de bola e logo colocaram 12 a 6 no marcador. O Fluminense melhorou na metade do set, diminuindo os erros e apresentando uma maior intensidade. A líbero Lelê conseguiu equilibrar o passe e foi fundamental para a distribuição da levantadora Juma. A ponteira argentina Elina tentou tirar a diferença. Eficiente no ataque, ela engatou uma ótima sequência de pontos. Mas o Sesc Flamengo manteve o volume de jogo e fechou a primeira parcial em 25 a 18.

O Fluminense retornou à quadra marcando todas as ações da levantadora Brie King. Com uma defesa forte, o Tricolor aproveitou muito bem os contra-ataques e se manteve na frente. O técnico Bernardinho mudou a dinâmica do Sesc Flamengo, tirou de quadra sua levantadora titular e apostou na experiente Ana Cristina. Bruna Honório também foi para o banco, dando lugar a Sabrina. O Rubro Negro melhorou, mas o bloqueio do Fluminense fez a diferença no fim do segundo set. A central Lara Nobre conseguiu uma ótima sequência na rede, e o Tricolor fechou em 25 a 18.

Sesc Flamengo e Fluminense protagonizaram um terceiro set extremamente equilibrado. O Rubro-Negro saiu na frente no placar, mas não conseguiu colocar mais de pontos de vantagem. O mesmo acontece com o Tricolor quando assumiu a liderança da parcial. A levantadora Brie King forçou o jogo na experiente central Juciely, enquanto o adversário tentava as viradas de bola com a ponteira Pietra e a oposta Bruna Morais. Quando o marcador chegou na casa dos 20 e o jogo ficou igual, o técnico Bernardinho pediu um saque que fez a diferença. O Sesc-Flamengo abriu vantagem e conseguiu fechar em 25 a 23.

O Fluminense logo abriu vantagem no quarto set. Com um poder ofensivo fortíssimo, a oposta Bruna Morais e a ponteira Elina viraram todas as bolas. O Sesc-Flamengo tentou compensar nos bloqueios, principalmente com a central Juciely. O Rubro-Negro cresceu, e os times revezaram na liderança do placar. A levantadora Juma sentiu o bom momento de Elina e a acionou seguidamente no ataque, dando uma boa margem ao Fluminense. Ainda com a argentina, o Tricolor conseguiu fazer 25 a 22 e forçou o tie-break.