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Após décadas de abandono, a empresa pública passou de risco de extinção à liderança em programas com foco em inclusão e tecnologia
A Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) tem passado por uma verdadeira transformação nos últimos anos. De uma estrutura reduzida à beira da extinção, a TCB, sob gestão deste Governo do Distrito Federal (GDF), passou a liderar iniciativas estratégicas de mobilidade urbana, integrando tecnologia, inclusão social e novos modelos de gestão em áreas como educação e saúde.
Em 2019, a TCB enfrentava um cenário crítico, operando com estrutura mínima, sem orçamento adequado, com poucos funcionários e ameaçada por uma lei que previa sua extinção. A empresa, historicamente ligada ao transporte público do DF, foi resgatada pelo governador Ibaneis Rocha. O chefe do Executivo promoveu uma reestruturação que incluiu novos cargos e recursos, possibilitando à empresa assumir novos papéis.
Atualmente, a empresa gere programas como o Transporte Escolar — que atende cerca de 70 mil alunos por dia — e o DF Acessível — com transporte porta a porta para pessoas com deficiência severa —, e trabalha para lançar o TCB Hemodiálise. Além disso, a TCB assumiu a gestão do monitoramento do sistema de transporte do DF, com previsão de lançar um aplicativo para informar horários de ônibus em tempo real.
Recentemente, a TCB recebeu 167 ônibus escolares, os chamados “amarelinhos”, da Secretaria de Educação (SEEDF), e outros 52 veículos devem ser incorporados em breve. No programa DF Acessível, 35 vans já estão em operação, atendendo cerca de 3 mil pessoas por mês. Em breve, mais 19 vans serão incorporadas à frota destinada ao transporte de pacientes com doença renal crônica que necessitam de hemodiálise. Além disso, há uma licitação em andamento para a aquisição de mais 150 ônibus escolares nos próximos meses.
Governador Ibaneis Rocha
“Esse trabalho de resgate da TCB, que completou 64 anos em 2025, mostra que quando se tem vontade e se trabalha é possível fazer as coisas darem certo no Distrito Federal. A empresa estava abandonada e pouco a pouco fomos implementando medidas para que ela se tornasse útil para a população, como tem sido com o DF Acessível, com o transporte das nossas crianças da rede pública de ensino, e com a implantação de tecnologia no sistema de transporte. Essas e outras ações têm transformado a TCB, e assim vamos continuar, dando relevância ao trabalho desta empresa”, destacou o governador Ibaneis Rocha.
“A filosofia da nova TCB é a de uma empresa que apresenta soluções de mobilidade para o governo. Ela viveu tempos de falta de orçamento, de pessoal, de não enxergar essa empresa pública, porque ela tinha o potencial de entregar para a sociedade do DF aquilo que ela foi construída em mais de 60 anos de história. A TCB sempre foi uma empresa que olhava para o transporte de uma maneira diferente. Ela não só transportava, mas fazia testes, pesquisas, e agora resgatou isso”, afirmou o diretor técnico da TCB, Thiago Nascimento.
Um dos principais ativos da TCB é o programa DF Acessível, que tem garantido mais segurança, conforto e economia para cerca de 2 mil pessoas com mobilidade reduzida severa. Criada em 2021, a iniciativa oferece transporte gratuito porta a porta para pacientes cadastrados no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) e seus acompanhantes, com destino a consultas, terapias e demais serviços de saúde — públicos ou particulares.
35, número de vans que circulam no projeto DF Acessível
Atualmente, o serviço conta com 35 vans, que circulam por todas as regiões administrativas e transportam de dois a quatro passageiros por viagem. Para utilizar o serviço, é necessário que a pessoa com deficiência esteja devidamente cadastrada e aprovada no CadPcD. O agendamento das viagens deve ser feito pelo site Agenda DF. Outras informações estão disponíveis nos portais da TCB e da Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD).
A partir deste ano, o DF Acessível passa a incluir também o atendimento a pacientes com doença renal crônica (DRC) que necessitam de terapia renal substitutiva (TRS). Essa nova modalidade, chamada DF Acessível – TCB Hemodiálise, será operada pela TCB em parceria com a Secretaria de Saúde, garantindo o deslocamento dos usuários para sessões de hemodiálise no Complexo Regulador em Saúde ou em unidades conveniadas. A elaboração do programa está em fase final e o lançamento deve ser feito nos próximos meses.
“Já adquirimos 19 novas vans para esse programa, que vai funcionar de segunda a sábado, em três turnos. É um transporte especial, porque os pacientes precisam fazer o tratamento três vezes por semana. A secretaria financiou a compra dos veículos e também vai bancar a operação, enquanto a TCB faz a gestão do serviço”, explica Thiago Nascimento.
Outro programa que está sendo estruturado é o Superescolar, voltado para crianças com deficiência física. “Já desenhamos o projeto e informamos a Secretaria de Educação sobre os custos. A proposta é oferecer um transporte mais qualificado e adaptado para esse público”, anuncia.
Além desses, a TCB tem ampliado as parcerias com outras secretarias. Atualmente ela trabalha num termo de cooperação com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) para transporte em eventos, e também com as secretarias de Esporte e Lazer (SEL-DF) e de Educação (SEEDF) para apoiar os Jogos Mundiais da Juventude, por exemplo.
No transporte escolar, a TCB conta atualmente com uma frota que ultrapassa mil ônibus. Recentemente, a empresa recebeu 167 veículos da Secretaria de Educação, conhecidos como “amarelinhos”, com a previsão de chegar a mais 13 unidades. A expectativa é ultrapassar os 1.200 ônibus em operação para o transporte de cerca de 70 mil alunos por dia. Segundo a empresa, mais de 50% dos veículos foram adquiridos nos últimos três anos, o que torna o DF o estado com a frota escolar mais nova do Brasil.
“Hoje somos uma empresa de soluções em mobilidade para o Governo do Distrito Federal, e isso inclui esses novos programas”, detalha Nascimento.
A TCB foi designada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) para coordenar, por 12 meses prorrogáveis, o Centro de Controle Operacional (CCO) do transporte público do DF, conforme publicação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O CCO é uma ferramenta tecnológica que permite o monitoramento em tempo real da operação dos ônibus, fornecendo dados estratégicos para melhorar a fiscalização e a tomada de decisões pela Semob-DF.
Segundo o diretor técnico da TCB, a empresa passou por um processo de reinvenção nos últimos anos, após um período que ameaçava sua existência. “Isso ocorreu por causa de uma lei antiga, de 2001, que previa a extinção da empresa. Até então, a TCB ainda operava o transporte público coletivo com cinco linhas regulares e uma linha noturna, o Corujão. Mas a empresa estava esquecida, com poucas funções e pouca estrutura”, lembra Nascimento.
Ele explica que essa situação começou a mudar com o início do governo Ibaneis Rocha. “Foi a primeira vez, em muitos anos, que um governador voltou a olhar para a TCB, e não foi apenas um olhar simbólico. Houve uma decisão concreta de reaproveitar o potencial da empresa. A primeira medida foi a delegação escolar e, a partir daí, a empresa passou a desenhar novos programas”, afirma.
Um dos mais emblemáticos, segundo o diretor, é o DF Acessível, voltado para transporte de pessoas com deficiência física severa. “É um serviço porta a porta, em que buscamos o passageiro em casa e levamos até a unidade onde ele realiza seu tratamento. Hoje operamos esse programa com 35 vans e atendemos cerca de 3 mil pessoas por mês. A expectativa é dobrar essa frota nos próximos dois anos, com a aquisição de mais 30 veículos”.
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