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Obra que homenageia herói improvável do esporte brasileiro será lançada hoje, contando com 28 depoimentos
A geração de Hortência, Paula e Janeth, que colocou o basquete feminino brasileiro no topo do mundo e em um pódio olímpico, está eternizada na história do esporte. A conquista do Mundial de 1994 sobre a China (com vitória diante dos Estados Unidos na semi), que em junho completou 30 anos, e a prata em Atlanta-1996 são alguns dos temas que perpassam a vida de outro personagem icônico daqueles anos: o técnico Miguel Angelo da Luz, cuja biografia será lançada hoje, a partir das 18h30, no Gurilândia Clube, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
“Não é só sorte — Miguel Angelo da Luz e o melhor basquete feminino do mundo” (editora Com-Arte) conta a trajetória daquele que já foi um jovem treinador e que, ao unir nomes experientes aos de uma nova geração em ascensão, alçou a modalidade feminina a conquistas inéditas.
A obra é de autoria dos jornalistas e professores Luciano Maluly e Marcelo Cardoso, que iniciaram o projeto em 2019 ao lado do também professor e jornalista (e cineasta) Valdir Baptista, morto em meio à concepção. Os autores ouviram 28 depoimentos e mergulharam em arquivos para retratar os lados pessoal e esportivo do técnico carioca, hoje com 65 anos, que chegou a ser eleito o melhor do mundo.
— Paula sempre falou que ele ouvia todas as jogadoras. Muitos dizem que a seleção de 1994 já estava pronta. Só que ela não ganhava Mundial e em Olimpíadas não dava nem medalha de bronze. Ele teve a humildade de ouvir todo mundo, juntar a comissão técnica, delegar poderes e dar independência para as jogadoras. E, principalmente, teve o mérito de juntar as jogadoras mais antigas e as mais novas — diz Cardoso.
Maluly, que hoje leciona na Universidade de São Paulo e é admirador confesso de Miguel, conta que a história do treinador já o impactava antes mesmo de estudar jornalismo. E comemorou a disposição do técnico e das entrevistadas para recontar essa história:
— Todo mundo fala que foi sorte. Não foi. Elas queriam mostrar que tinham trabalhado muito — argumenta Maluly ao explicar o título da biografia.
Jovem, com pouca experiência e bagagem maior no basquete masculino, Miguel foi alvo de críticas quando se tornou comandante daquela seleção. Ele já havia feito parte da comissão técnica da categoria juvenil e foi alçado ao profissional aos 34 anos — mesma faixa etária de Hortência naquela época, por exemplo.
— A gente tinha que tentar uma coisa diferente. Eu acompanhava as seleções e, no feminino, não tinha uma renovação. Como pegamos o juvenil, que na época era sub-19, tínhamos garotas muito boas, promissoras, como Cintia, Leila e Alessandra. Demos oportunidade a elas — conta Miguel em conversa com O GLOBO. —Tínhamos que aumentar o poderio defensivo da equipe. O Brasil fazia 80 pontos, mas levava 90, 100… Aumentamos a estatura da seleção com essas meninas, com mais disposição e jovialidade. Elas foram fundamentais. Porque sabíamos que, no ataque, o time produziria.
Após as conquistas históricas, Miguel ainda comandou clubes como Flamengo e Telemar em conquistas estaduais e nacionais. As propostas, porém, passaram a ser mais raras, um dos temas do livro. Nos últimos anos, seus trabalhos foram em cargos de gestão no rubro-negro e no Botafogo. Hoje, o treinador atua como professor pelas quadras e ginásios do Rio de Janeiro em seu projeto Basquete da Luz, no qual trabalha com crianças e adultos. A iniciativa tem núcleos na Zona Sul e não cobra de famílias em situações mais delicadas financeiramente. Miguel, agora, sonha com uma expansão:
— Queria levar para o interior do estado ou para as zonas Norte e Oeste. Fui muito bem recebido nas vilas olímpicas, mas preciso de apoio de empresas ou instituições que queiram desenvolver o basquete para os menos favorecidos.
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